O PSDB de Santa Catarina deve viver até 2018 os momentos mais importantes de sua história no Estado. É nesse período que o partido decidirá se continuará sendo uma grife nacional utilizada por outras legendas nas disputas catarinenses ou se torna uma efetiva opção de disputa pelo poder.
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Desde 1994 os catarinenses se acostumaram a votar nos tucanos para a presidência da República. Fernando Henrique Cardoso ficou em primeiro lugar no Estado em 1994 e 1998, quando foi eleito e reeleito. Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves foram os preferidos do eleitorado catarinenses em 2006, 2010 e 2014 – o único hiato nessa sequência de seis eleições foi 2002, quando Lula (PT) foi eleito pela primeira vez e teve o endosso da maioria em Santa Catarina.
Sempre imerso em disputas internas e sendo uma espécie de arquipélago de lideranças independentes, o PSDB estadual ainda não conseguiu fazer desse hábito do catarinense de votar 45 para presidente em chance efetiva de poder estadual. Em um primeiro momento, atrelou-se a Esperidião Amin (PP) e Jorge Bornhausen (PFL), depois a Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
Cresceu, consolidou-se, mas coadjuvante. A própria candidatura do senador Paulo Bauer (PSDB) ao governo em 2014 deu-se mais pela iniciativa do governador Raimundo Colombo (PSD) de se aproximar da então presidente e candidata Dilma Rousseff (PT) do que de um verdadeiro projeto oposicionista. Passado o encanto de Colombo pela petista, os tucanos voltaram a dar seus votos no Legislativo e ceder quadros para o secretariado.
A chance do PSDB-SC vem das posições que conquistou na última eleição municipal e da constatação unânime de que o apoio tucano – especialmente pela grife nacional – pode tornar favorita a candidatura a governador que apoiar. O PSD de Gelson Merisio e o PMDB de Eduardo Pinho Moreira e Mauro Mariani devem fazer tudo para ter a grife do PSDB em seus palanques.
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O jogo começou nas eleições municipais e na formação da mesa diretora da Assembleia Legislativa, com leve vantagem para os peemedebistas. Enquanto isso, Paulo Bauer vai tentar garantir uma nova candidatura através da cúpula em Brasília e o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, tem pouco menos de um ano e meio para surgir como novidade em plano estadual.