Quando largou uma encaminhada eleição para governador para tentar o improvável sonho presidencial nas eleições de 1994, Esperidião Amin acabou amargando um sexto lugar em uma disputa de oito candidatos. Mais uma vez o pepista aparece disposto a entrar na briga por um lugar ao sol na política nacional, com a candidatura à presidência da Câmara dos Deputados para completar o mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Fala-se em 10 candidaturas, um cenário que ajuda a remeter à lembrança de 22 anos atrás, se Amin novamente não deslanchar.

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Não falta currículo ao pepista para pleitear a presidência da Câmara. Ex-prefeito, ex-governador, ex-senador, ex-presidente nacional de seu partido, atual deputado federal mais votado do Estado — olhando os postulantes, talvez até sobre currículo ao catarinense. O que faz de Amin um azarão na disputa é a própria falta de força política de Santa Catarina no Congresso e de respaldo da bancada federal do PP à postulação. O catarinense teria que apostar na fragmentação de candidaturas, costurando apoios pontuais que o colocassem em um eventual segundo turno.

Por enquanto, a disputa está afunilando entre as candidaturas de Rogério Rosso (PSD-DF) e de Rodrigo Maia (DEM-RJ). O primeiro seria o nome do chamado centrão, apoiado por Cunha e com a bênção do Palácio do Planalto. Maia, o nome das antigas oposições ao governo petista — mas sem amarras à negociação com os antigos adversários. Amin é centrão e é próximo a Cunha, mas não está nessa linha de frente. Amin estava na antiga oposição, mas como simpatizante. Quem vê a atuação do pepista na Câmara dos Deputados, especialmente na poderosa Comissão de Constituição e Justiça, percebe que não lhe falta trânsito e nem quem o ouça com atenção. O que falta é um time.

Cenário confuso em Itajaí

A indefinição do cenário em Itajaí pode acabar facilitando a vida de quem já está com o bloco na rua com pré-candidatura definida. É o caso do ex-prefeito Volnei Morastoni (PMDB, ex-PT) e da vereadora Anna Carolina Martins (PSDB), que vem fechando apoios de médios partidos como o PRB e o PTB. Enquanto isso, o grupo ligado ao atual prefeito Jandir Bellini (PP) ainda procura um nome e o deputado federal Décio Lima (PT) tenta construir o tal projeto suprapartidário que sustentaria sua candidatura.

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Encaminhando Chapecó

O PMDB tem pré-candidato a prefeito de Chapecó, Gilberto Agnolin, ex-reitor da Unochapecó. Mas isso não significa que tenha deixado de conversar com o PCdoB de Cesar Valduga e o PT de Luciane Carminatti – ambos deputados estaduais e também pré-candidatos. O comunista e a petista também conversam. Os três nomes fariam contraponto à candidatura do prefeito Luciano Buligon (PSB).

Vice

Se o PT desistir da candidatura de Luciane para apoiar Valduga, sobe a estrela da vereadora Marcilei Vignatti (PT) – mulher do presidente estadual do partido e ex-deputado federal Claudio Vignatti.