Em 2014, o senador Paulo Bauer (PSDB) concorreu ao governo, alcançou 30% dos votos, mas não evitou a vitória em primeiro turno de Raimundo Colombo (PSD). Agora, ele vê o PSDB sair mais forte das urnas e mantém a disposição de concorrer. Enquanto isso, mantém em suspense sua posição no segundo turno de Joinville, cidade onde está seu domicílio eleitoral.

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Leia entrevista com o senador:

O PSDB saiu maior das urnas do Estado. Como isso projeta 2018?

Nós mudamos o perfil do partido no Estado. Dos 20 maiores municípios, tínhamos Napoleão Bernardes em Blumenau. Agora temos sete nos 20 maiores e teremos oito se Napoleão for eleito. E temos que considerar não apenas o número de eleitos, mas quantos habitantes de SC nós governaremos. Outra coisa é que tivemos mais de 80 candidatos a prefeito, elegemos 38. Então temos uns 20 potenciais candidatos a deputado estadual.

Ao mesmo tempo, foi uma eleição difícil para lideranças tradicionais do partido, como Leonel Pavan e Marco Tebaldi, derrotados em suas cidades. É renovação do PSDB?

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Cada eleição deve ser analisada dentro de seu próprio contexto. Os resultados de Joinville e Balneário Camboriú não diminuem a expressão política dos candidatos e do partido. Eles são deputados e vão continuar prestando serviço ao partido. Na pior das hipóteses, serão candidatos a deputado de novo. Eles tem base eleitoral.

O senhor foi candidato a governador em 2014. Pretende concorrer em 2018?

Se eu fui na última e faltou 1% para ir ao segundo turno, estou agora trabalhando para que o PSDB tenha mais de 1% de sobra (risos). Não sei quem será o candidato, mas sabemos que o cenário político de SC não é muito indefinido. É bem definido sobre quem é quem, quais os nomes são preferenciais. Não parece existir um João Dória (tucano eleito prefeito de São Paulo) que possa ocupar um espaço de uma hora para outra.

E como fica o PSDB na disputa entre PSD e PMDB?

Eles respondem por suas próprias decisões e estratégias. O PSDB não tem restrição a nenhum dos dois, nem ao PSB e nem ao PP. Se eles não quiserem coligar entre eles, para nós não faz diferença porque não temos restrição nenhuma.

Uma pergunta ao eleitor Paulo Bauer. Qual sua posição em Joinville?

Sou subordinado ao partido. Como o meu partido disputou a prefeitura (com Marco Tebaldi) e tanto Udo Döhler (PMDB) quanto Darci de Matos (PSD) anunciaram que não iriam procurar os partidos que estavam no primeiro turno e o PSDB ainda não se reuniu para discutir isso, ainda não sei o que vou fazer. Em 2012 eu anunciei meu voto na última semana. E foi o candidato vitorioso (Udo). Agora estou assistindo e observando o cenário.

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Foi procurado?

Isso ainda não é notícia (risos).