Em 2014, Joares Ponticelli (PP) sonhou alto. Depois de cinco mandatos consecutivos como deputado estadual, culminando com a presidência da Assembleia Legislativa, o pepista visou uma candidatura ao Senado que acabou se transformando no posto de vice na chapa de Paulo Bauer (PSDB) ao governo estadual.
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A derrota deixou Ponticelli sem mandato e ele teve que voltar para sua base eleitoral, Tubarão. Domingo, foi eleito prefeito com 45% dos votos válidos. O percentual não mostra a dificuldade da disputa que tinha no páreo o atual prefeito Olávio Falchetti (PT) e ex-prefeito Carlos Stüpp (PSDB), favorito nas pesquisas.
_ Começamos com 8% nas pesquisas. É uma eleição completamente diferente. Para deputado a gente fala com vereadores, suplentes, lideranças partidárias. A eleição para prefeito é com líder comunitário, direto com o eleitor. As pessoas não me conheciam mais em Tubarão porque eu não vivia a cidade. Morava aqui, mas estava por toda a região _ comenta Ponticelli.
O maior desafio é arrumar as contas do município _ como quase todos os prefeitos que assumirão em janeiro. Ponticelli diz que quer reduzir o número de secretarias de 16 para menos de 10 e nomear o mínimo possível de comissionados. Politicamente, ressalta que Tubarão é, até agora, a maior vitória do PP no Estado e que é favorável à aliança com o PSD para 2018. É grato ao empenho do governador Raimundo Colombo (PSD), que gravou apoio ao horário eleitoral e foi a dois eventos de campanha. A presença do governador era uma incógnita no início da campanha, por causa do apoio do PMDB à candidatura de Stüpp.
_ Se depender de mim, a aliança entre PP e PSD continua. Meu candidato ao governo será o dessa coligação _ diz Ponticelli, evitando citar possíveis pré-candidatos.
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