Eleito mais uma vez para governar Itajaí, Volnei Morastoni (PMDB) tem conseguido fazer um processo tranquilo de transição com o atual prefeito e ex-rival Jandir Bellini (PP). Enquanto isso, tenta ampliar sua base na Câmara de Vereadores e busca subsídios para uma audiência sobre a gestão do porto com o presidente Michel Temer (PMDB) ainda antes de assumir o mandato. Veja como foi a conversa.

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Na campanha, o senhor disse que não dava para esperar a posse para tomar medidas concretas em relação ao porto. O que pretende fazer?

Estamos levantando toda a situação para obter mais informações oficiais. Estive também já conversando com vários setores, técnicos do porto, da atual gestão, da APM Terminals, com todos eles. Vamos elaborar um documento até meados de novembro. Com o documento pronto, embasando todos os encaminhamentos que vamos fazer junto ao governo estadual e federal. Estou falando com deputados federais para articular uma audiência com a presidência da República sobre a questão do porto.

Como está a transição de governo em Itajaí?

Está acontecendo tranquilamente. O prefeito Jandir Bellini (PP) abriu as portas e está colaborando para que a transição seja a mais participativa. Ainda estamos esperando algumas informações. Toda as terças-feiras pela manhã eu despacho diretamente com ele vários assuntos. Estamos encaminhando o documento com todas as informações que nós desejamos. Ele vai mandar as informações em até dez dias e eu estou instalando as equipes de transição por area. Saúde, educação, porto, e assim por diante. Semana que vem elas começam a trabalhar.

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Já tem nomes para a futura equipe?

Por enquanto ainda estamos ouvindo pessoas, tomando pé da situação em todas as áreas. Eu quero adotar um processo mais cauteloso sobre a equipe, porque temos que encontrar as pessoas certas para o lugar certo. Ver perfil, privilegiar o técnico sobre o politico. Estamos conduzindo sem pressa.

Pretende trazer nomes de sua primeira gestão?

Pode até ter nomes da outra gestão, mas com certeza a imensa maioria será renovada. É outra realidade, são outros tempos, outros condicionantes. Estamos estudando isso sem pressa, até porque depois de definido alguém é difícil voltar atrás. E quero preencher no máximo a metade dos cargos, para que depois a gente possa preencher devagar, aos poucos. Ainda quero definir com o conselho político eventuais órgãos que possam ser extintos, outros que podem ser criados. Mas vai ser tudo sem pressa.

Como ficou a governabilidade na Câmara de Vereadores?

Embora nossa aliança elegido apenas seis dos 21 vereadores, a maioria é sensível a ter uma composição pelo interesse da cidade. O governo é a somatória do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Os vereadores têm responsabilidade para que a maioria possa dar esse apoio para que o Executivo possa encaminhar a vida normal da cidade. Com certeza teremos apoio de partidos que não estavam na nossa coligação.

Alguma conversa mais avançada?

Estamos falando com todos eles. Com vereadores do PP, do PR, do SDD, do PCdoB, com todos. Não tem nenhuma distinção. Com todos os partidos que elegeram vereadores, estamos conversando. A governabilidade exige esse diálogo.

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