O tucano Clésio Salvaro vai voltar à prefeitura de Criciúma com impressionantes 75% dos votos quatro anos após tentar a reeleição, vencer e ser impedido de assumir pela Justiça Eleitoral. Ele acredita no fim da judicialização da política da cidade e promete enxugar o governo. Direto de Brasília, onde está nesta quarta-feira, ele concedeu entrevista ao Diário Catarinense.

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A política de Criciúma vai deixar os tribunais e seguir seu rumo?

Aqueles que tinham medo das urnas se convenceram de que não há força maior do que a vontade popular. Essa resposta tem razões. Os que judicializaram as eleições tiveram seguidas derrotas nas urnas. Agora o povo elegeu aquele que de fato quer que governe a cidade.

O senhor recebeu 63% dos votos em 2012 e foi impedido de assumir. Agora foram 75%. Esperava aumentar a vantagem?

E disputei em chapa pura agora. A vitória consagrada nas urnas é o desejo do povo. Ter um prefeito que trabalhe mais, que o represente um pouco mais. Eu acho que sou um pouquinho de todos os criciumenses. Trabalhador, persistente, que não desiste. Vou fazer um governo igual aquele que o eleitor queria na urna dia 2 de outubro. Um governo menor, mais leve.

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Como foi encontrar após a eleição o prefeito Márcio Búrigo (PP), que já foi seu aliado e foi adversário na última?

Foi o encontro de pessoas que querem o bem da cidade. Assim eu espero que seja todo o período de transição de governo.

Já temos nomes na futura equipe?

O Arleu da Silveira (PSDB), que foi o vereador mais votado, já foi convidado e aceitou ser o secretário-geral de governo.

Seu vice Ricardo Fabris (PSDB), ex-presidente da Câmara, será secretário?

O vice-prefeito vai ter a função de ajudar a governar a cidade comigo. Assim como o atual prefeito, quando foi meu vice, participou de todas as decisões tomadas por mim. Assim será com o Ricardo. Ele não vai ocupar função de secretário porque foi eleito para governar a cidade comigo.

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O que o senhor está fazendo em Brasília? Buscar recursos?

Vim falar de emendas, de recursos, pedindo que os parlamentares coloquem determinados valores. Estive com os senadores Paulo Bauer (PSDB) e Dalírio Beber (PSDB), com a deputada Geovânia de Sá (PSDB), com os deputados Ronaldo Benedet (PMDB), Jorge Boeira (PP). O Esperidião Amin (PP) não estava, mas confio muito que ele vai continuar ajudando a cidade. Pedi ajuda a todos os que costumam ajudar a cidade. Claro que vou fazer a minha parte: um governo mais enxuto.

Já sabe onde cortar?

Ainda não sei, mas vou estabelecer uma meta de que não vamos gastar mais de 40% com pessoal. Vou reduzir o número de secretarias, o salário de secretários, extinguir alguns cargos comissionados e empresas de economia mista.