Em novembro de 2015, Luciano Buligon (PSB) assumiu a prefeitura de Chapecó após a renúncia de José Cláudio Caramori (PSD), eleito em 2012. Teria menos de um ano de mandato para mostrar serviço e conquistar a reeleição e o mandato próprio. Depois de vencer os deputados estaduais Cesar Valduga (PCdoB) e Luciane Carminatti (PT) com folgados 61% dos votos válidos, o pessedista projeta reduzir os gastos da prefeitura com uma reforma administrativa é a concessão de equipamentos como a Arena Condá, o aeroporto e a rodoviária à iniciativa privada.

Continua depois da publicidade

Leia a entrevista concedida ao DC.

O senhor não precisa fazer transição porque se reelegeu. Muda alguma coisa?

Eu estou entabulando uma reforma administrativa para mandar para a Câmara. Vamos fazer ainda este ano para começar 2017 de vento em popa

Continua depois da publicidade

No que pretende mexer com a reforma?

É enxugamento. Vamos retirar algumas secretarias, extinguir alguns cargos comissionados, redimensionar a máquina justamente para adequar à queda de arrecadação.

Já tem uma meta de corte?

Eu preciso economizar no mínimo R$ 1 milhão mensais no custeio da máquina. Por isso o enxugamento em pessoal, em secretarias. E também aumentar a capacidade de investimento da prefeitura entregando a Arena (Condá), o aeroporto e a rodoviária para parcerias público-privadas. Isso aumenta a capacidade de investimento e dimunui o custeio. Uma economia de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões por mês.

O senhor era vice-prefeito e assumiu no fim do ano passado. Agora foi eleito para um mandato completo. O que o chapecoense pode esperar de diferente desse ano para os quatro que virão?

Continua depois da publicidade

Justamente uma administração mais voltada no resultado, especialmente pela queda de arrecadação com o país em crise. E vamos focar em algumas questões como a diminuição da pobreza. Temos 2,5 mil terrenos irregulares que precisamos regularizar. Levar o prefeito a essas áreas periféricas, aumentar o desenvolvimento.

Já tem nomes definidos para o secretariado?

Da minha cota tem o procurador-geral, que já está comigo (Ricardo Cavalli), a secretária de Governo, que é a Fernanda Danielli, e o secretário da Fazenda, que é o Geralci João Ampolini. Eles estão comigo e vão continuar pra ajudar a fazer a reforma administrativa.

O senhor avalia que a divisão da oposição em duas candidaturas facilitou sua vitória?

Acho que não. Foram duas metralhadoras batendo. Acho que o que facilitou por nossa atuação junto aos bairros. Isso foi o diferencial.

Continua depois da publicidade

Sua coligação elegeu 16 dos 21 vereadores. Ficou tranquila a governabilidade?

Sim, ganhamos dois vereadores. Já era tranquilo e ficou mais tranquilo.

O PSB foi um dos partidos que mais cresceu em SC e Chapecó é a mais populosa das prefeituras que conquistou. Como espera contribuir pra consolidação do partido?

Aqui nós fizemos uma aglutinação de 13 partidos. Tive o privilégio de representá-los. Quero ser protagonista estadual dentro do 40 (número do partido). Mas, sinceramente, estou mais preocupado com o desenvolvimento da minha cidade do que do meu partido.