O segundo turno ainda é fato recente na história política de Blumenau. Apenas pela segunda vez os eleitores da principal cidade do Vale do Itajaí, terceiro maior colégio eleitoral do Estado, vão às urnas para confirmar seu prefeito. Um tanto de coincidência, um tanto de articulação, um tanto de falta de renovação fizeram com os personagens sejam os mesmos: Napoleão Bernardes (PSDB), hoje prefeito, e o deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD).
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Se os nomes são os mesmos, os cenários são muito diferentes. Há quatro anos, Napoleão conseguiu surfar uma onda de mudança e de desgastes das duas correntes políticas que haviam disputado e governado Blumenau nas últimas quatro eleições. Outsider, o tucano aproveitou o desgaste do PSD de João Paulo Kleinübing – já representado por Jean – e do PT de Décio e Ana Paula Lima. Surpreendeu pesquisas e analistas ao aparecer na frente no primeiro turno e de lá despontar para incríveis 70% contra Jean.
Não é só o fato de que Napoleão não é mais novidade que faz o cenário deste segundo turno ser diferente. Não há onda perceptível na cidade. O tucano ficou na frente no primeiro turno com quase 45%, tornando-se favorito natural para a segunda jornada. Jean buscou o apoio ostensivo do governador Raimundo Colombo (PSD) como um futuro parceiro de gestão e destilou críticas à gestão do tucano – especialmente na saúde e no episódio da substituição das empresas de ônibus que operavam na cidade. A ausência de pesquisas registradas faz com que resultado seja imprevisível, mas a vantagem conquistada no primeiro turno e a falta de fatos novos apontam para a tendência de reeleição. Talvez o candidato do PSD pague caro por ter aceitado diminuir pela metade do tempo dos programas eleitorais.
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