O lageano Raimundo Colombo (PSD) continua no centro do debate pela prefeitura de Joinville. O penúltimo debate entre o deputado estadual Darci de Matos (PSD) e o prefeito Udo Döhler (PMDB), promovido nesta quarta-feira pelos jornais A Notícia e Diário Catarinense, deixou claro que a atuação do governador na cidade mais populosa do Estado é o principal balizador da campanha neste segundo turno.
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Para o pessedista Darci, Colombo é o amigo que realizou importantes obras na cidade e que será seu parceiro de gestão. Para o peemedebista Udo, o governador é um empecilho a um melhor desempenho da atual gestão, especialmente na área da saúde. Fora disso, o debate contou com poucas propostas efetivas que possam diferenciar os dois candidatos.
As diferenças surgem mesmo é no estilo pessoal e na forma de se apresentar. O sisudo empresário que virou prefeito negando a política e enfatizando a gestão dos recursos financeiros. O parlamentar de origem simples que galgou cargos na máquina pública até chegar à Assembleia Legislativa e que promete contato direto com a população. É impressionante que dois nomes de origens e trajetórias tão díspares tenham diferenças tão pequenas em termos do que deve ser feito por Joinville.
O debate trouxe para o mano a mano um pouco dos temas que têm gerado o confronto no horário eleitoral e, especialmente, entre os militantes nas redes sociais. Às críticas de Udo de que o governo estadual atrasa envio de recursos à saúde e não recompõe o efetivo da Polícia Militar na cidade, Darci respondeu que o PMDB também faz parte da coalizão e tem em Simone Schramm (PMDB) a secretária regional. No ponto mais tenso do encontro, o peemedebista insinuou que Colombo atrasa auxílios financeiros à cidade para ajudar o candidato do PSD. Darci respondeu que Udo faz um “governo de desculpas” e que aquela era uma “insinuação baixa”.
Alguma artilharia deve ter sobrado para o debate final, na RBS TV, na sexta-feira. A expectativa em ambas as campanhas é de que a disputa será voto a voto.
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Preso na cadeira
No primeiro turno, Napoleão pediu licença da prefeitura para focar na campanha. Como o vice Jovino Cardoso (PSD) disputava vaga na Câmara e o presidente do Legislativo, Mario Hildebrandt (PSB), é candidato a vice do tucano, quem assumiu foi o vereador Marco Wanrowsky (PSDB). No segundo turno, o prefeito não pode lançar mão do mesmo expediente porque Jovino, eleito vereador, já estaria autorizado a assumir o cargo – e o pessedista está na campanha do adversário Jean Kuhlmann (PSD).
Cautela
A situação ficou mais delicada porque o uso da máquina da prefeitura pelo candidato Napoleão virou um dos temas da campanha de Jean. O tucano preferiu não arriscar, por exemplo, a participação em um debate promovido por Diário Catarinense e Santa no horário da tarde, ou seja, durante o expediente. Uma ação judicial questiona o uso de fotos de profissionais da prefeitura na campanha.