A pequena oposição ao governo de Raimundo Colombo (PSD) na Assembleia Legislativa ganhou esta semana dois importantes palcos para atuar. No rateio das bancadas partidária pelas vagas nas comissões temáticas, caberá ao PT indicar as presidências na Saúde e na Educação. Com isso, os petistas terão condições plenas de influir na tramitação dos projetos que tratam de dois temas cruciais na relação do governo com a sociedade.

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Não há surpresa na Comissão de Saúde, que há algum tempo vem sendo comandada por parlamentares do PT. Neodi Saretta assume a vaga que já foi da colega Ana Paula Lima – indicada para a mesa diretora – e o ex-deputado Volnei Morastoni, hoje prefeito de Itajaí. Por perfil, Saretta não deve gerar maiores dores de cabeça ao Centro Administrativo e ao secretário Vicente Caropreso (PSDB), da Saúde.

A novidade é o PMDB perder o comando da Comissão da Educação para os petistas. Quem assume é Luciane Carminatti, uma das vozes mais fortes da oposição a Colombo. Os próprios governistas admitem que a posição dá munição à parlamentar e que pode gerar contratempos. Um pessedista chegou a brincar com um peemedebista: “acho que alguém não gosta do Eduardo Deschamps”, em referência ao secretário estadual da Educação. Luciane Carminatti foi o principal contraponto ao secretário no final de 2015, quando foi aprovado o plano de carreira do magistério. O embate vai continuar, embora o próprio Deschamps tenha sinalizado que não prevê projetos polêmicos em sua pasta até o fim do mandato.

.:: Vaga do PMDB na Alesc ::.

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Não reeleito em Rio do Sul, o ex-prefeito Garibaldi Ayroso (PMDB), foi nomeado ontem para o cargo de diretor-financeiro da Assembleia Legislativa. Comprova-se assim, na prática, a gestão compartilhada entre o presidente Silvio Dreveck (PP) e o vice Aldo Schneider (PMDB).

.:: Regras para nomeações ::.

Antes de assumir a Secretaria de Saúde, o deputado estadual licenciado Vicente Caropreso (PSDB) deixou um projeto de lei interessante em tramitação na Assembleia Legislativa. A proposta prevê que aprovação prévia do parlamento para a nomeação de cargos de presidente, vice-presidente, diretor e membro de conselho de autarquias e fundações do Estado, com exceção da Udesc.

Além disso, o projeto cria regras para as indicações nos conselhos. Se virar lei, os governadores não vão poder indicar para as vagas secretários estaduais, comissionados do próprio governo, dirigentes partidários, parlamentares, sindicalistas ou quem tenha firmado contrato com a autarquia – vale para parentes em até terceiro grau dos casos mencionados. O projeto é amplo e detalha mais vedações. Vou dar um spoiler: não vai passar.

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.:: De malas prontas ::.

Oficialmente, o deputado estadual Natalino Lazare integra a bancada do PR. Mas, desde o final do ano passado, ele pode ser incluído informalmente na bancada do PSD. Nem mesmo das reuniões da bancada do partido com o presidente estadual Jorginho Mello ele tem participado. É dado como certa a migração do parlamentar na próxima janela partidária. Curioso é que o PR, confirmada a saída de Lazare, terá perdido os dois deputados estaduais que elegeu em 2014 – ele e Mario Marcondes (hoje no PSDB). A posição do partido se manteve graças à filiação de Maurício Eskudlark (ex-PSD) e do suplente Nilso Berlanda (ex-DEM).