No mesmo dia em que a Lava-Jato fez de Henrique Alves (PMDB) mais uma vítima no ministério em exercício do presidente interino Michel Temer (PMDB), segunda-feira passada, começaram as especulações em torno do catarinense Vinicius Lummertz (PMDB) para ocupar o posto. Mais do que a tradicional plantação de informações, desta vez há um esforço político real para que Santa Catarina garanta o espaço.
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Quando Temer assumiu, em maio, o PMDB catarinense saiu logo da briga por uma vaga na Esplanada. Havia expectativa de alguma recompensa por ter sido o primeiro diretório a romper com o governo de Dilma Rousseff (PT) e entregar cargos federais – o próprio Lummertz deixou a presidência da Embratur e o ex-deputado federal Djalma Berger saiu do comando da Eletrosul.
Desta vez, a bancada do PMDB se mobilizou. O deputado federal Mauro Mariani, que havia sido padrinho da indição de Lummertz para a Embratur em 2015, capitaneia a investida. Coordenador do Forum Parlamentar Catarinense, o senador Dalírio Beber (PSDB) tenta transformar o pleito em suprapartidário.
Além do esforço político local, Lummertz conta com apoios importantes no setor turístico – simpatia conquistada no período em que comandou a Embratur e, ainda no primeiro mandato de Dilma, a Secretaria Nacional de Políticas para o Turismo. A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, a Associação Brasileira das Agências de Viagens e o presidente da CVC, Guilherme Paulus, endossam o catarinense.
O principal entrave no caminho de Lummertz até a Esplanada dos Ministérios seria a intenção do presidente de extinguir o ministério ou mesmo de promover uma fusão com a pasta de Esporte. Neste segundo caso, dificilmente o cargo deixaria as mãos de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), deputado federal licenciado e hoje titular do Esporte. Há uma expectativa de que Lummertz retorne à Embratur já na segunda-feira. Pode ser um primeiro passo para o ministério ou o destino final.
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Colombo veta projeto de Merisio
O presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio (PSD), foi pego de surpresa pelo veto total do governador Raimundo Colombo (PSD) ao projeto de lei complementar aprovado no início do mês que permite ao pagamento em dinheiro das licenças-prêmio vencidas dos funcionários que resolverem se aposentar. A proposta é a espécia de programa de demissão incentivada com a qual Merisio espera reduzir os quadros da Assembleia.
O motivo do veto foi o chamado vício de iniciativa – a proposta deveria ter sido apresentada pelo governo estadual, diz a Procuradoria Geral do Estado. Merisio adianta que vai trabalhar para derrubar o veto em plenário. O relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça será o peemedebista Mauro de Nadal.