A quatro dias do segundo turno das eleições para a prefeitura de Florianópolis, o candidato Gean Loureiro (PMDB) retomou as críticas à adversária Angela Amin (PP) na propaganda eleitoral gratuita. Nesta quinta-feira, pelo menos cinco inserções apontam a vinculação da pepista com a administração do atual prefeito Cesar Souza Junior (PSD), o histórico político da família Amin e atos da gestão da candidata quando governou Florianópolis de 1997 a 2004. Uma das inserções já foi suspensa pela Justiça Eleitoral a pedido do PP.
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A retomada das críticas à adversária acontece exatamente uma semana após a campanha de Gean anunciar que deixaria de fazer ataques diretos a Angela e focar apenas em propostas. Nesse meio tempo, a candidata do PP ganhou direto de resposta no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) por causa da propaganda em que era acusada de ter transformado Florianópolis em referência nacional de maus-tratos a animais quando prefeita. A candidata do PP manteve a estratégia de críticas diretas a Gean em seu horário eleitoral – especialmente sobre a paternidade de obras realizadas na gestão Dário Berger (PMDB) e por sua atuação como presidente da Fatma.
Na nova leva de comerciais, Gean pela primeira vez trata da condenação de Angela no Tribunal de Justiça por promoção pessoal em campanha institucional da prefeitura em 2000. O caso ganhou destaque no início do segundo turno, quando o Superior Tribunal de Justiça chegou a determinar a cassação dos direitos políticos da pepista, ato suspenso por liminar. Gean havia dito que não abordaria o assunto na campanha.
A campanha de Angela conseguiu suspender na Justiça Eleitoral a veiculação da propaganda que reúne críticas à condenação por promoção pessoal, a aplicação de recursos previdenciários no Banco Santos e os gastos com a construção dos terminais desativados nos bairros Saco dos Limões, Jardim Atlântico e Capoeiras. A peça foi derrubada pelo juiz eleitoral Leone Carlos Martins Junior foi dizer que Angela aplicou dinheiro dos servidores em um “banco falido”. O magistrado aponta que a instituição faliu após a operação e que “é público e notório que os recursos investidos no Banco Santos estão sendo recuperados, diferentemente do que fez crer a propaganda em questão”.
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Nas demais peças, uma é específica sobre a condenação por promoção pessoal que determina a devolução de R$ 1 milhão os cofres da prefeitura, duas fazem críticas de ordem política à presença da família Amin na política catarinense e uma compara Angela e Gean, apresentando o peemedebista como mudança e também citando a condenação da pepista.