Esta campanha de tiro curto é provavelmente a maior novidade das eleições deste ano, algo que até dificulta paralelos com outras disputas. Mas tem um que é irresistível. Era início de setembro de 2010, faltava um mês para que os catarinenses escolhessem o governador do Estado e a segunda rodada de pesquisas do Ibope colocava pela primeira vez Raimundo Colombo (então DEM) à frente da Angela Amin (PP) – 34% a 27%. No último fim de semana, a segunda rodada de pesquisas Ibope em Florianópolis trazia Gean Loureiro (PMDB) pela primeira vez à frente da mesma Angela – 35% a 27%.
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Naquele início de setembro de 2010, Colombo começou a pavimentar a vitória ainda em primeiro turno, embalado pela força da tríplice aliança (PMDB, DEM e PSDB) e pelo isolamento das candidaturas de Angela (aliada ao PDT) e Ideli Salvatti (com PR de vice). Essa lembrança pode ser vista como um alento a Gean Loureiro, que teve um início de campanha titubeante, e como alerta à campanha da pepista. Não há só semelhanças entre os dois pleitos.
A eleição de Florianópolis tem cinco candidaturas consistentes, o que dificulta uma definição em primeiro turno. Faltam apenas duas semanas para o voto. E o principal: Angela tem no PSD um parceiro mais forte do que tinha nos pedetistas em 2010. A simulação de segundo turno do Ibope mostra uma vantagem de sete pontos para o peemedebista, igual à do primeiro turno. Ou seja, os eleitores que não optam por um ou outro no primeiro turno, estão se dividindo por igual. A disputa parece mais aberta agora do que em 2010.