Em sua passagem por Blumenau na terça-feira, o governador Raimundo Colombo (PSD) fez uma declaração enfática sobre o senador e eterno presidenciável Aécio Neves (PSDB):

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Não gosto do Aécio. Conheço ele. Fui parlamentar com ele. Não gosto dele.

O contexto da frase foi o questionamento recebido pelo governador sobre o apoio que deu a Dilma Rousseff (PT) em 2014, quando a então presidente concorreu à reeleição contra Aécio. É a primeira vez que Colombo fala abertamente sobre essa antipatia, que já demonstrou em outras oportunidades em conversas privadas.

Simpatias e antipatias são naturais em todos os meios, inclusive na política. A exposição pública desses sentimentos, no entanto, costuma fazer parte de articulações e projetos.

Há cerca de um mês, Colombo recebeu jornalistas na Casa d?Agronômica para anunciar o projeto de extinção de estatais e o cronograma de pagamento do funcionalismo no final do ano. Cumprido o protocolo, teve uma conversa aberta sobre os resultados das eleições municipais e perspectivas para 2018.

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Foi quando declarou que não impediria o PSD de ter pré-candidato a governador para preservar a aliança com o PMDB. Naquela manhã, Colombo disse com todas as letras que já tem candidato a presidente da República em uma declaração que é siamesa àquela sobre Aécio em Blumenau.

Relembremos:

– Gosto muito do Geraldo Alckmin, tenho falado muito com ele. Hoje ele tem a minha maior simpatia. Se ele for o candidato a presidente, gostaria muito de ajudá-lo.

Desde as eleições, Colombo encontrou o governador paulista pelo menos duas vezes para conversar sobre política e sobre 2018. Não por acaso, o pessedista catarinense articula para trazer o PSDB estadual para seu secretariado, armando desde já as condições para amalgamar os cenários políticos de Santa Catarina e do país.

Colombo escolheu um lado na disputa interna entre os presidenciáveis tucanos e vai trabalhar por ele. Eleito senador, seria um nome influente na base de Alckmin. O plano é esse, pelo menos.

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