Estudantes e professores universitários encaminharam ao Centro de Referência em Direitos Humanos Marcelino Chiarello, da Universidade Federal da Fronteria Sul (UFFS), uma denúncia de abuso de força policial ocorrida numa abordagem a uma festa realizada durante o final de semana, em Chapecó.

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De acordo com a denúncia houve excessos durante uma ação policial numa festa de estudantes e professores universitários na Rua Porto Alegre, no centro de Chapecó. Moradores de uma república de estudantes promoveram a festa, que teria incomodado alguns vizinhos. Primeiro dois policiais chegaram ao local após denúncia de perturbação de sossego público. Posteriormente chegaram outras guarnições.

No relato os participantes falam de agressões físicas e psicológicas, com tapas, socos e pontapés. Também acusam a polícia de ofensas contra mulheres, homossexuais e pessoas oriundas de outras regiões do país.

– Eles nos xingabam e apontavam metralhadoras para nós – relatou um dos participantes.

O professor da UFFS, Everton Martins, que estava na festa, disse que foi agredido na frente dos alunos.

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– Recebi meia dúzia de tapas na cara, soco nas costelas, um chute nos testículos e uma gravata – disse o professor.

Ele afirmou ter filmado com o celular algumas agressões e armas de grosso calibre apontadas para os estudantes mas o aparelho acabou sendo confiscado pelos policiais.

O coordenador do Centro de Referência em Direitos Humanos Marcelino Chiarello, professor Antonio Valmor de Campos, divulgou nota repudiando os abusos contra a digninade do ser humano. Também afirmou que vai buscar a reparação das agressões sofridas pelas vítimas.

A Polícia Militar, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que recebeu denúncia de perturbação do sossego público por som alto e algazarra.

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Durante a ação foram detidas sete pessoas por perturbação, resistência, desobediência e posse de drogas. Elas foram encaminhadas para a Central de Polícia e liberadas após depoimento. No local foram apreendidas 72 gramas de maconha e bitucas de maconha, seis pedras de crack e materiais utilizado para fabricação e consumo de drogas. Segundo a PM havia 70 pessoas no local.

A Polícia Militar informou que assim que for notificada por algum tipo de denúncia abrirá procedimento para esclarecer e dar lisura à ação policial.