Ainda que o Sisu se restrinja a instituições públicas de Ensino Superior, a nota no Enem (que ocorre em 8 e 9 de novembro) também pode contribuir para – ou até definir – o ingresso em universidades particulares de todo o Brasil. E não são poucas as que passaram a aceitar o resultado em substituição ao vestibular ou como complemento ao processo de seleção habitual, inclusive adaptando suas provas às competências cobradas no exame.

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No Rio Grande do Sul, é possível ser aprovado em instituições privadas aproveitando total ou parcialmente a nota do Enem, inclusive em cursos disputados como o de Medicina. Muitos vestibulares passaram a adotar os critérios da prova do MEC em seus próprios procedimentos, seja exigindo mais interpretação que decoreba, seja incluindo as cinco competências da redação na avaliação.

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– O Enem é uma prova que faz essa avaliação de todos os conteúdos, da mesma forma que o vestibular. Não vemos por que não aproveitar a nota, já que o objetivo é o mesmo. Se o aluno foi bem no Enem, ele está apto a ingressar na faculdade – diz Moana Meinhardt, coordenadora pedagógica da Feevale, que conta com cinco opções de seleção, podendo incluir ou não a nota do exame nacional.

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Dessa forma, segundo Moana, as instituições particulares de Ensino Superior buscam facilitar a entrada dos alunos, não demandando que se faça mais uma prova – a não ser que eles optem por incrementar a nota que obtiveram no Enem. Além disso, a coordenadora explica que a maior parte dos alunos que está terminando a educação básica já inclui a prova do MEC entre seus compromissos. A prática é frequente mesmo entre aqueles que ainda não se formaram, como maneira de treinar antes de definir o caminho a seguir na universidade.

Ingresso pelo exame é sinal de aceitação

As particulares também levam em conta que o candidato pode já ter, inclusive, ingressado em alguma universidade, mas decidido mudar de curso. É também por isso que, em alguns casos, não apenas a nota mais recente é levada em consideração: o aluno pode optar por usar o resultado dos três últimos anos, por exemplo.

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A decisão de incluir o resultado do exame nacional entre os métodos de seleção reflete ainda outra questão: quem pretende estudar de graça ou obter financiamento para pagar a faculdade com auxílio do governo federal é obrigado a prestar o Enem. O mesmo é exigido para quem deseja conseguir bolsas de estudos no Exterior durante a graduação.

– Nós sabemos que mesmo estudantes universitários às vezes fazem a prova, e não com o objetivo de ingressar em outra faculdade, mas para participar de outros programas do governo, como o Fies e o Ciência sem Fronteiras – explica Volnei André Bald, secretário de processo seletivo da Univates.

Nas instituições particulares que adotam o vestibular e o Enem, as notas são convertidas para um denominador comum. A diferença está apenas nos critérios de desempate: geralmente, quem fez as provas da própria universidade leva vantagem caso obtenha o mesmo escore que outro candidato.

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* Zero Hora