A unidade de Zoologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) acrescentará ao seu acervo, no final do ano de 2009, o esqueleto de uma baleia-piloto de 5,1 metros de comprimento e uma tonelada de peso. O animal foi descarnado na tarde desta terça-feira, um dia após aparecer morto na beira da praia do balneário Dunas do Sul, em Jaguaruna.
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O trabalho dos biólogos Kelly Minotto Bom e Rodrigo Ribeiro de Freitas consistiu, inicialmente, na retirada das vísceras, gordura e carne do cetáceo. Parte do material biológico será armazenada para pesquisa e o restante será enterrado.
Os ossos serão submetidos a um processo de maceração, onde são lavados com água e produtos químicos para posterior montagem do esqueleto. O processo pode durar de seis meses até um ano para ser concluído.
A causa da morte do animal ainda não foi determinada pelos biólogos, pois não havia indícios aparentes, como marcas de rede de pesca ou ferimentos externos.
– Precisaremos analisar alguns órgãos do animal – justifica a bióloga.
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De acordo com o biólogo Rodrigo Ribeiro de Freitas, a baleia-piloto é uma espécie comum no litoral catarinense, mas que não costuma se aproximar da zona de arrebentação, ao contrário da baleia da espécie franca, facilmente observada na costa catarinense entre os meses de agosto a outubro.
A baleia-piloto pode medir até 8,5 metros de comprimento, possui coloração negra, cabeça em forma de globo, sem bico definido e dentes presentes. Também são chamadas de caldeirão ou golfinho-piloto.