Nessa época do ano, Santa Catarina recebe em seu litoral visitantes do extremo sul da América do Sul. Os pinguins vem da Patagônia, direcionados pelas correntes das Malvinas e tempestades oceânicas.
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E hoje pelo menos cinco deles estão em tratamento no Laboratório de Reabilitação de Aves Marinhas do Centro de Ciência Tecnológica da Terra e do Mar (CTTMar), da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Penha, no litoral Norte do estado.
Gilberto Caetano Manzoni, coordenador do laboratório, explica os animais recebidos pelo laboratório estão em boas condições de saúde e que, provavelmente, apenas se perderam do bando. Se a recuperação ocorrer de acordo com o previsto eles devem ser encaminhados para a sede da Policia Ambiental, em Florianópolis, até a terça-feira.
Essa, no entanto, não é a realidade da maioria das aves que chegam ao Estado, conta o pesquisador. Ele explica que, na jornada dessas aves, algumas, sofrem com a contaminação por óleo, que os compromete tanto interna como externamente.
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– O óleo danifica a função de impermeabilidade das penas fazendo com que a água alcance a pele do animal. Consequentemente, as aves sentem frio pela queda da temperatura corporal. Nesse momento ele sai da água para se aquecer –, diz.
Quando deixam a água, acabam gastanto muita energia para manter a temperatura do corpo, e enfraquecem.
Moradores da região ou órgãos ambientais, ao encontrarem os “visitantes” nesses condições, devem entrar em contato com o Laboratório de Reabilitação de Aves Marinhas do CTTMar/Univali.
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Esse laboratório é responsável pelo monitoramento das ocorrências e recuperação das aves marinhas debilitadas que ocorrem na região. O telefone é (47) 3345-5980.