A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Associação Pequenos Doutores estão implantando no curso de Fisioterapia a terapia assistida por animais (TAA). Pacientes da neuropediatria e da ortopedia (que passaram por amputação) participarão de atividades terapêuticas propostas por profissionais qualificados que terão cães como auxiliares em tratamentos psicológicos e de fisioterapia.

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A iniciativa, que ainda está no começo, conta com dois cães, Tuca e Cacau. O projeto pretende trazer novos voluntários e seus cães para ampliação do trabalho. Quem quiser participar deve se inscrever pelo e-mail contato@pequenosdoutores.com.br.

De acordo com Maria Paula Mellito da Silveira, bióloga e diretora da associação, o trabalho baseia-se em pesquisas científicas que comprovam que o contato direto com os animais melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes, havendo cura mais rápida, melhora nos índices de problemas psicológicos e diminuição do estresse e do tempo de hospitalização.

– O simples movimento de escovar o cachorro e aplicar pressão na mão para firmar a escova já faz parte da fisioterapia. As pessoas fazem o exercício sem perceberem, e de maneira mais lúdica – explica Maria Paula.

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Para ser voluntário

A Associação Pequenos Doutores conta com apoio de um adestrador e de um veterinário. Antes do contato com os pacientes os ‘cães voluntários’ passam por um rigoroso controle de saúde e avaliação de comportamento.

– Um cão que interage melhor com crianças do que com idosos só será levado a interagir com criança, e vice-versa – aponta a diretora.

Alguns testes são conduzidos pelos adestradores para avaliar temperamento e conduta do cachorro. A cada três meses os animais também tem que passar por avaliação veterinária.

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Descobrindo os ‘pequenos doutores’

Cacau, uma das ‘doutoras’ do projeto, foi encontrada magra e abandonada em um sítio, em outubro do ano passado. A vira-lata com mistura de labrador foi resgatada, levada ao veterinário e adotada pela bióloga Ariana Weber, integrante da Pequenos Doutores.

– A Cacau é muito dócil, quer atenção e gosta das pessoas. Ela tem o perfil ideal para participar da terapia – relata a dona.

Segundo ela, cães de todas as raças podem auxiliar as terapias, desde que se conheça seu temperamento e tenha donos comprometidos e responsáveis para acompanhar os processos. Tuca, a outra ‘terapeuta’, também tem o temperamento dócil. Ela veio de São Paulo, de um dos canis mais renomados da raça labrador no Brasil. Antes de ser trazida para a Pequenos Doutores e morar com Maria Paula, Tuca foi escolhida por uma adestradora experiente, que trabalha com Terapia Assistida por Animais (TAA) e a preparou por 45 dias para o trabalho com os pacientes.

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