O atraso na entrega de cerca de 15 mil uniformes está causando dor de cabeça para pais e alunos da rede municipal de Jaraguá do Sul. As peças, que deveriam ter sido entregues aos alunos no começo do ano só devem chegar em agosto, depois das férias. A demora ocorre porque a licitação para a compra das roupas deveria ter sido lançada em novembro passado, mas foi lançada somente em março depois que a nova administração assumiu.

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O secretário de Educação, Elson Cardozo, afirma que a antiga gestão deixou de abrir o processo licitatório depois de perder as eleições.

– Precisa abrir a licitação em novembro para os uniformes virem em fevereiro, porque o processo demora no mínimo três meses -, comenta.

Segundo ele, a atual gestão começou a trabalhar na licitação em fevereiro. O lançamento foi em março e a escolha da empresa vencedora ocorreu em maio. O investimento deve girar em torno de R$ 500 mil. O uniforme é composto por duas calças, duas blusas e uma jaqueta.

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Para ajudar parte dos alunos que ficaram sem os uniformes, Cardozo diz que as escolas fizeram uma redistribuição de peças que sobraram no ano passado.

– Os diretores entraram em contato entre si, foram atrás da numeração que os alunos estavam precisando e trocaram as peças conforme a necessidade -, afirma.

Em outros casos, os pais optaram em substituir as peças que faltaram por outras semelhantes, como camiseta branca e calça de malha mais escura.

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– Esse problema não vai mais acontecer. Em 2014, os uniformes serão entregues no começo do ano – , afirma.

A rede municipal tem 18 mil estudantes do Pré 1 ao 9º ano.

A mãe de dois gêmeos de cinco anos que estudam numa escola municipal conta que desembolsou R$ 250 para comprar o uniforme dos meninos. Ela conta que preferiu não esperar as peças chegarem porque as roupas do ano anterior já não serviam mais.

– Acho que, se é exigido o uniforme, não pode acontecer esse tipo de atraso -, comenta a mulher, que não quis se identificar.

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CONTRAPONTO

– O ex-secretário de Educação, Silvio Celeste, alega que a licitação não foi aberta no ano passado por decisão da equipe de transição do governo.

– Nas conversas achou-se que era melhor fazer no início do ano -, afirma.

Celeste diz que não sabe o que teria motivado essa definição.

– A diretora de educação infantil, Miraci Hahn, uma das responsáveis pela equipe de transição na área da educação, nega que essa definição aconteceu.

– Só soubemos do problema no começo do ano, depois que assumimos -, garante.