Ainda que não tenha o mesmo apelo popular do similar americano, a animação japonesa é como quase todo o cinema oriental – belo, influente e objeto de culto. Muito crédito por isso vai para Hayao Miyazaki, fundador do consagrado Estúdio Ghibli e mundialmente conhecido por “A Viagem de Chihiro”, vencedor do Oscar de melhor animação em 2001 (o diretor ganhou ainda uma segunda estatueta pelo conjunto da obra). Como um tributo a tão proeminente nome do cinema, pautado pela fantasia e pela relação do homem com a natureza e a tecnologia, o Sesc de Santa Catarina exibirá três filmes de Miyazaki nesta semana: “Meu Amigo Totoro”, hoje; “Princesa Mononoke”, amanhã; e “Nausicaã do Vale do Vento”, na quinta. As sessões nas unidades de Joinville e Jaraguá acontecem às 20 horas, com entrada gratuita.
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Prato do Dia
Tem gente falando em Oscar 2018 para elogiar a atuação de James McAvoy em “Fragmentado”, nos cinemas desde quinta-feira. Não é para menos: o filme é tão dele quanto de M. Night Shyamalan, que volta às boas após uma sequência de trabalhos insipientes. Ele se apoia em seu protagonista para entregar um suspense crescente e imprevisível como a figura vivida por McAvoy, um sujeito que tem dentro de si 23 personalidades diferentes lutando por controle enquanto três adolescentes, raptadas por ele, tentam escapar antes da chegada da “fera”. O ator dá um show na encarnação de cada individualidade, fazendo a trama deslizar para o surreal (há um subtexto sobre abuso infantil que não chega a se firmar), o que lhe tira um pouco a força. Ainda assim, “Fragmentado” é a volta por cima de Shyamalan, que mostra não depender de um final acachapante para deixar a plateia de joelhos – já de um bom ator, a história é outra.
Confira outras notas do colunista Rubens Herbst.
Questão de conservação
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O projeto-piloto de restauração do Cemitério do Imigrante de Joinville, amparado pelo Simdec, oferece, desta terça até sexta-feira, o terceiro módulo da oficina Canteiro aberto. A série de encontros sobre estudo de materiais e conservação, aberta a qualquer interessado no assunto, acontece entre as 14h30 e as 18 horas no Centro de Preservação de Bens Culturais (CPBC), no piso térreo do Centreventos. As atividades serão ministradas pelas restauradoras Gessonia Carrasco e Denise Zanini, a geóloga Leila Cristina Perdoncini e pelo arquiteto e urbanista Norberto Sganzerla.
Enfim, no tabuleiro
Em 2014, a Arsenal Editora – braço literário de uma extinta loja de games de Joinville – colou no site Catarse.me uma campanha de financiamento coletivo para traduzir e lançar no Brasil o bombado livro de RPG “Our Last Best Hope”, criado dois anos antes pelo americano Mark Diaz Truman. Questões de licenciamento travaram o negócio, mas agora “Um RPG para Salvar o Mundo”, subtítulo nacional da obra, está pronto para chegar ao mercado pela Arsenal. Apoiadores, lojas de games da cidade e sites de venda devem receber o livro nos próximos dias.
Frase
“Na medida em que ele foi ganhando visibilidade, as letras compostas por ele, extremamente machistas, misóginas, babacas mesmo, foram ganhando visibilidade. (…) Não sei como interpretar isso. Ele falou que isso é só um personagem. Querido, na próxima encarnação, invente um personagem melhor.”
Titi Müller, repórter do canal Bis, durante a transmissão do Lollapalooza, no domingo, fez um comentário ao vivo sobre o teor das músicas do DJ israelense Borgore que rendeu mais falatório do que muitos shows do festival.
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No celular
O Instituto Juarez Machado promoverá na tarde do dia 8 de abril um workshop de stopmotion com smartphone que será ministrado por Diego de Los Campos, artista da Capital que já expôs algumas vezes em Joinville. A intenção é ensinar a fazer vídeos de animação com o celular usando objetos do cotidiano. A inscrição custa R$ 80 e pode ser feita pelo e-mail deloscampos@gmail.com.
Clipe
“Sai Fora, Caim”, disco de estreia do rapper joinvilense Abel Vargas, saiu em 2012, mas ainda rende algo para um novo clipe. O vídeo de “Nossa Vitória” chegou ao YouTube na semana passada. A música, produzida pelo próprio Abel, tem participação do rapper Msário, do lendário grupo de rap paulistano Pentágono, hoje em carreira solo.
Fumaça
A Sony Music acaba de colocar nas plataformas digitais os três álbuns de estúdio do Planet Hemp. Estão disponíveis, pela primeira vez para streaming e download, “Usuário”, “Os Cães Ladram mas a Caravana não Para” e “A Invasão do Sagaz Homem Fumaça”, lançados originalmente entre 1995 e 2000. O “MTV ao Vivo”, de 2001,chegou ao digital em novembro.