Instituições de ensino de Joinville aderem à paralisação nacional contra o corte de verbas para educação, que foi anunciado pelo MEC. Representantes de universidades, escolas estaduais, Centros de Educação Infantil (CEIs) e sindicatos realizaram o manifesto nesta manhã. Na tarde desta quarta-feira (15) acontece manifestação na Praça da Bandeira, às 15 horas.
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Recursos para todas as etapas de ensino, da educação infantil à pós-graduação, foram reduzidos ou congelados. A medida inclui verbas para construção de escolas, ensino técnico, bolsas de pesquisa e transporte escolar. Os protestos acontecem em todo o país e são organizados por sindicatos de professores e servidores das universidades, além da adesão de estudantes e de trabalhadores da educação das redes pública e privada de ensino fundamental e médio.
No campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de Joinville, a maioria dos 1.600 estudantes trocou as salas de aula pela mobilização contra os cortes na educação. Já na Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Tecnológicas (Udesc), professores e alunos aproveitaram a visita dos estudantes do ensino médio de outra instituição para se mobilizar. Os laços pretos amarrados nos braços foi o sinal de luto contra os cortes na educação.
— Esses cortes severos colocam em risco a educação, as bolsas de estudo e as extensões e projetos de pesquisa. Então decidimos usar a faixa preta como forma de protesto, em luto a nossa educação que está sendo ameaçada — afirma Lucas Dal Cortivo, estudante de física.
Greve nas universidades
Na Udesc, cerca de 20 professores que aderiram à mobilização não foram para a instituição e aproximadamente 500 alunos ficaram sem aulas. A unidade estadual também pode perder verba no próximo ano. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviado no início deste mês para a assembleia legislativa, prevê um corte de 10% no orçamento de 2020 da instituição. O que corresponde a cerca de R$ 40 milhões.
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— Se isto acontecer (corte de recursos) nós teremos que tirar principalmente do custeio, que significa o apoio aos estudantes. Como com as bolsas de estudo e o acesso dos alunos mais vulneráveis à universidade que auxiliamos com alimentação e moradia — José Fernando Fragalli, diretor geral da Udesc.
Algumas creches do município também participaram da paralisação nesta manhã. No CEI Pedro Ivo, no bairro Guanabara, por exemplo, dos 79 das crianças matriculadas somente oito permaneceram no local, já entre os colaboradores 16 aderiram à greve e somente a direção e uma professora permanecem de plantão. As escolas estaduais e municipais também se juntaram ao ato.
De acordo com a prefeitura, foi registrada a falta de 558 servidores e 5.685 alunos. Segundo a Secretaria de Educação, os casos pontuais das unidades que tiveram falta de professores, a equipe pedagógica realizou atendimento aos alunos.
No campus de São Francisco do Sul do Instituto Federal Catarinense (IFC) também houve atos contra o corte de recursos na educação.
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