A Coletiva Bem Viver (PSOL), único mandato coletivo da Câmara Municipal de Florianópolis, comunicou o fim do grupo nesta sexta-feira (11). Em uma nota publicada nas redes sociais, quatro das cinco covereadoras informaram o desligamento do mandato em conjunto após quase dois anos de trabalhos legislativos.

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O motivo para o rompimento entre as parlamentares foi a demissão de cinco assessores por parte de Cintia Mendonça, covereadora que representa a coletiva legalmente, na quarta-feira (9). Joziléia Kaingang, Lívia Guilardi, Marina Caixeta e Mayne Goes afirmam que não foram consultadas para a decisão e que nenhum aviso prévio foi concedido aos funcionários demitidos.

As covereadoras também alegam que solicitaram a revogação da decisão, mas que não foi acatada pela colega. As demissões e novas contratações foram confirmadas na publicação do Diário Oficial Municipal de quinta-feira (10).

A ação unilateral da representante legal do mandato iria contra os acordos coletivos assinados pelas integrantes. Segundo a nota, “decisões políticas e operacionais do mandato coletivo, incluindo a composição da equipe do mandato, são acumulados por um Conselho Político com representação equitativa das forças políticas que compõem a mandata”.

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“Diante do total descumprimento do acordo coletivo da candidatura e da gravidade da situação, nós viemos a público comunicar nosso desligamento da mandata Coletiva Bem Viver a partir desta data. E informar que, a partir de hoje, a covereadora Cintia Mendonça passa a não ter nenhuma legitimidade de manter a utilização do termo ‘Coletiva Bem Viver’, uma vez que não respeitou as decisões coletivas, atuando como um mandato individual sem a participação das demais covereadoras eleitas”, escreveram nas redes sociais.

Representante do mandato afirma esgotamento

A vereadora que permanece com a cadeira na Câmara Municipal afirmou, em uma nota nas redes sociais, que a coletiva “enfrentou graves dificuldades e desvirtuamentos durante os dois anos que passaram”. Cintia destacou que divergências em estratégias políticas, falta de assessoria e suporte ao gabinete, promoção de rivalidade interna e a quebra reiterada de acordos influenciaram o rompimento do grupo.

Sobre as demissões de assessores, a parlamentar alegou que “a composição da assessoria atual do gabinete havia chegado ao seu esgotamento”. Ainda afirmou que a sua própria saúde física e mental estariam sendo prejudicadas pelo conflito interno e que a decisão foi tomada para uma reorganização do mandato. Leia a nota na íntegra abaixo.

Mandato continua

Com o rompimento, Cíntia Mendonça seguirá ocupando a vaga na Câmara de Florianópolis, como determina a legislação vigente.

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A direção municipal do PSOL lamentou o fim do mandato coletivo e informou que a separação do grupo foi motivada por divergências internas entre as cinco parlamentares

— Nós tentamos uma mediação, mas nós decidimos que o partido não iria arbitrar entre as partes. Resta ao PSOL, neste momento, observar como o caso vai desenvolver, mas a Cintia segue na Câmara Municipal como determina a legislação — afirmou o presidente da sigla na Capital, Leonel Camasão (PSOL).

Leia a nota da Coletiva Bem Viver na íntegra:

Leia a nota de Cintia Mendonça na íntegra:

Leia a nota do PSOL Florianópolis na íntegra:

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