Imagine a alegria que seria jogar futebol pelo time que sua família inteira torce e ainda ser visto como o craque capaz de decidir uma partida. É exatamente este sentimento de orgulho que tem a família Popp, moradora do bairro Aventureiro há mais de 30 anos. O pai, Rogério, e a mãe, Léa, não poupam palavras para descrever a felicidade de ver Willian brilhando com a camisa 8 do JEC, um sonho alimentado desde que o pequeno vestiu o manto tricolor aos oito anos – relíquia guardada com carinho até hoje.
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Aos 20 anos, Willian Popp, único atleta do elenco profissional nascido na cidade, atravessa o seu melhor momento no Joinville. Em duas partidas – contra Inter de Lages e Criciúma – ele já se tornou o líder em assistências no JEC, com três passes para gols.
Encarar a missão de endireitar um time que vinha oscilando no Estadual é só mais um dos obstáculos que o jogador precisou enfrentar. Ele está acostumado com isso desde novo. Aos oito anos, jogava no time sub-10 do Nilkasa. Aos 14, era titular do sub-17 do Aventureiro. Foi nesta equipe que ele chamou a atenção de Zé Carlos Paulista e recebeu o convite para ingressar nas categorias de base do JEC.
– Desde moleque ele só queria saber de bola. Não adiantava dar outro brinquedo, tinha que ser bola – recorda Léa, que se tornou fã do esporte por causa do filho caçula.
– Eu não entendo nada de futebol, mas adoro ver ele jogando – admite.
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O pai, figura conhecida no futebol amador de Joinville, garante que não foi por influência sua que Willian ingressou neste mundo. Tudo aconteceu de forma “natural”, diz ele, revelando um dos motivos para o filho estar em alta no Joinville.
– A nossa família nunca se deslumbrou com essa questão de ter dinheiro e carro jogando futebol. A gente quer é que ele seja feliz. E ele é um rapaz bom, de igreja, casado – conta Rogério.
Fã número 1 da carreira de Willian, Rogério está confiante que o filho conseguirá ajudar o Joinville a chegar na decisão do Estadual. Pelo menos, é o que indica o retrospecto.
– Ele estava nos grupos que chegaram na final de dois estaduais sub-17, de um estadual sub-20, da Copa Santa Catarina, do Catarinense do ano passado e da Série B, pelo menos até o meio da temporada. E também subiu o Mogi Mirim. A estrela dele é muito grande – garante o orgulhoso pai.
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