A equipe espanhola Mapfre conquistou de maneira emocionante a quarta etapa da Volvo Ocean Race, disputada entre a China e a Nova Zelândia. O barco – único a levar um integrante brasileiro na competição – cruzou a linha de chegada em primeiro neste sábado pela manhã após quase 21 dias de navegação. A diferença para o segundo colocado, o Abu Dhabi, e para o terceiro, o Dongfeng, foi de apenas oito minutos, num trajeto de 9,7 mil quilômetros.

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O resultado marca a evolução da equipe do brasileiro e catarinense André ‘Bochecha’ Fonseca na Volta ao Mundo, depois de amargar a última posição na primeira perna e dois quarto lugares nas seguintes.

– Foi fabuloso chegar a Auckland, uma das capitais mundiais da vela. Foi tudo perfeito. Um dia especial. Esperamos agora fazer igual agora no Brasil, na próxima etapa até Itajaí – disse Bochecha.

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A quarta etapa foi marcada por trocas constantes de posições desde a saída de Sanya até a aproximação à Cidade das Velas, mais conhecida como Auckland. Antes da entrada no Oceano Pacífico, duas equipes – Team SCA e Team Brunel – optaram por uma estratégia mais ao Norte. O Mapfre ficou mais ao Sul no bloco dos líderes, mas acabou perdendo contato em alguns momentos.

– As últimas milhas foram bastante cansativas, com os barcos próximos e rápidos. Mas nossa equipe fez um trabalho importante e saímos com a vitória. Foi demais – falou o brasileiro.

Foto: Xaume Olleros/Divulgação

A equipe espanhola também teve um problema no aparelho que transmite os dados para a central. Eles ficaram quase quatro dias sem receber informações meteorológicas e sem abastecer fotos e vídeos, ou seja, velejando às cegas. Além desse problema, os ibéricos relataram furos no convés e seu tripulante Willy Altadill teve a mão quebrada.

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– Estamos super felizes de estar aqui em Auckland. Foi uma perna muito difícil e disputada do começo ao fim. Tivemos um dia muito duro nos quilômetros finais – disse o campeão olímpico Xabi Fernández, que comandou o barco no lugar do titular Iker Martínez.

O Mapfre conseguiu chegar à frente definitivamente a menos de 24 horas antes do fim, graças ao bom trabalho de seu navegador Jean Luc Nélias. O velejador decidiu se separar da costa para chegar a Nova Zelândia. Isso permitiu o avanço barco na calmaria da entrada neozelandesa.

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Classificação

Com o término da etapa, que teve Alvimedica, Brunel e SCA, em quarta, quinto e sextos lugares, respectivamente, a classificação* ficou assim:

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Abu Dhabi Ocean Racing – 8 pontos

Dongfeng – 8

Brunel – 14

Mapfre – 16

Alvimedica – 16

SCA – 24

Vestas Wind – 28

*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.

Eles estão chegando

A parada em Auckland é a última antes da largada das equipes rumo a Itajaí, em 15 de março. A Vila da Regata na cidade abre dia 3 de abril, quando é possível que os primeiros veleiros comecem a chegar. O trajeto da Nova Zelândia ao Brasil é considerado o mais difícil em função da travessia do Cabo Horn, conhecido pelos fortes ventos.