Santa Catarina dá um ótimo exemplo a ser seguido no bem-sucedido setor cooperativista. É um trabalho de formiguinha que sustenta boa parte da produção agropecuária do Estado.
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Com uma economia diversificada e fortemente empreendedora, características já reconhecidas nacionalmente, o Estado de Santa Catarina dá um ótimo exemplo a ser seguido no bem-sucedido setor cooperativista, que registrou um crescimento de receita de 14,8% em 2013. Apesar da pequena queda do número de unidades em funcionamento em relação ao exercício anterior, o volume de negócios fechados e a participação individual tiveram desempenhos ascendentes.
Os dados da Organização das Cooperativas de SC (Ocesc) divulgados na edição de ontem do DC mostram que é possível valorizar o produto local – de qualidade indiscutível – e garantir geração de emprego e renda a partir de um modelo calcado principalmente nos pequenos negócios e na força da união de talentos. Os números apresentados pela entidade que congrega as cooperativas estaduais são impressionantes.
O setor representou no ano passado um faturamento de R$ 20 bilhões, cifra que corresponde a 11% do PIB catarinense. Mais: Santa Catarina lidera o ranking nacional que leva em conta a proporção entre população e número de cooperados, já que quase 25% dos catarinenses estão associados a alguma cooperativa. O relatório expressa ainda que, consideradas as células familiares, se pode afirmar que mais da metade das famílias tem envolvimento econômico com o setor.
É um trabalho de formiguinha que sustenta boa parte da produção agropecuária do território catarinense: conforme a Ocesc, 50% dos pequenos produtores rurais não existiriam se não fossem vinculados a alguma entidade do setor. Considerado uma alternativa aos modelos socioeconômicos tradicionais desde o seu surgimento na Inglaterra do século 19, o cooperativismo vem sendo adotado como uma forma de estimular pequenos empreendimentos com potencial de crescimento. E nesse sentido cabe ressaltar o grande desafio catarinense no setor: incentivar a participação de jovens com o objetivo de modificar a curva de queda de 16,5% no número de pessoas de até 25 anos associadas verificada em 2013.
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O principal caminho, certamente, é a intensificação de cursos de educação e de formação que esclareçam sobre a atividade e garantam qualificação profissional.