Os líderes da União Europeia (UE) decidiram hoje conceder ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um crédito de 75 bilhões de euros (US$ 100 bilhões), com o objetivo de duplicar a capacidade da instituição de oferecer financiamento a países em apuros, informaram fontes europeias. O FMI está há meses pedindo um aumento de seus recursos para garantir que pode ajudar os países mais atingidos pela crise.
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A instituição com sede em Washington já emprestou US$ 50 bilhões a governos com problemas e dispõe de mais US$ 200 bilhões, mas calcula que suas necessidades podem chegar a US$ 500 bilhões. O Japão ofereceu um empréstimo de US$ 100 bilhões, por isso ainda faltam US$ 150 bilhões.
No contexto dos preparativos da próxima reunião do G-20, os países ricos e os principais emergentes, em 2 de abril, em Londres, os líderes da UE decidiram hoje anunciar qual será a contribuição europeia. Os europeus esperam que outros parceiros importantes, principalmente Estados Unidos e China, ofereçam também financiamento ao FMI.
Outro objetivo da UE para a reunião em Londres é ampliar as competências desta instituição no âmbito da supervisão, para que também se encarregue de controlar o setor financeiro. Os europeus defendem reforçar a cooperação deste organismo com o Fórum de Estabilidade Financeira (FSF, na sigla em inglês), um órgão informal que reúne autoridades e supervisores de economias desenvolvidas, assim como representantes de organismos multilaterais, como o Banco Central Europeu e o FMI.
Dentro do processo para melhorar a qualidade da supervisão internacional e a representatividade das instituições encarregadas desta tarefa, os 27 países-membros da UE apoiaram hoje a incorporação ao FSF de todos os membros do G-20. Outro objetivo da UE é revisar o funcionamento das instituições financeiras multilaterais – fundamentalmente o FMI e o Banco Mundial -, para reequilibrar a distribuição de poderes entre os membros e modificar o sistema de escolha de seus dirigentes.
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