Uma nuvem negra paira sobre Santa Catarina. Assim o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubens Angelotti, define o atual momento do Estado no Brasileirão. Os quatro principais clubes do Estado estão na zona de rebaixamento: Avaí e Chapecoense na Série A, e Criciúma e Figueirense, na Série B. A exceção é o Brusque, campeão da Série D.
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— A realidade é dura. Tenho sofrido bastante com isso — desabafou, em entrevista ao CBN Diário Esportes desta quinta-feira (19).
Angelotti disse que um dos piores momentos foi a derrota por WO do Figueirense para o Cuiabá, quando os jogadores decidiram não entrar em campo em protesto pelo atraso nos pagamentos.
— Fica muito feio para nosso futebol, mas o que eu poderia fazer naquele momento? Nada.
O raio de atuação da FCF é limitado, argumenta Angelotti:
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— A Federação não contrata, não dispensa. Ajuda naquilo que pode. Apoiamos junto à CBF, ajudamos a conseguir adiantamentos de verbas.
Santa Catarina tem representante na Série A, ininterruptamente, desde 2002. Em 2015, chegou a ter quatro times na primeira divisão: Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville.
O presidente da Federação descarta apoio financeiro.
— A Federação vive da arrecadação dos clubes. O público hoje nos estádios é muito pequeno, então a Federação também não tem receita para ajudar os clubes a colocar a casa em dia. Não temos condições disso.
Apesar de tudo, Angelotti acredita que é possível fugir do rebaixamento:
— De todos, acho que quem mais tem chance de permanecer é o Criciúma. O Figueirense também tem chances remotas. Na Série A, a Chapecoense, pelo plantel que tem, pode escapar. O Avaí é um pouco mais difícil, precisa ganhar 10 jogos, mas eu ainda não joguei a toalha.
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O rebaixamento dos clubes pode tirar SC da quinta posição no ranking nacional das federações. Com isso, o Estado perderia a quarta vaga na Copa do Brasil de 2020.