Uma nova espécie é descoberta a cada três dias na média na região da Amazônia, destaca um relatório divulgado em Nagoya (Japão) pela organização World Wildlife Fund (WWF). Entre 1999 e 2009, mais de 1,2 mil novas espécies foram identificadas na região, segundo o relatório “Amazônia viva”, publicado durante a X Conferência do Convênio sobre a Diversidade Biológica (CDB).

Continua depois da publicidade

Uma rã com um surpreendente desenho de chamas na cabeça, um papagaio calvo de cores brilhantes ou uma sucuri de quatro metros são algumas das espécies descobertas na última década, indica o documento da WWF. O surpreendente e colorido inventário apresenta as descobertas recentes feitas na região, que envolve nove países: 637 plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 16 pássaros e 39 mamíferos.

Um silurídeo gigante foi descoberto em 2005 no rio Amazonas. Outra espécie deste “peixe Golias”, que media 1,5 metro e pesava 32 quilos, foi capturado em 2007 na Venezuela.

Entre os répteis, uma nova espécie de tartaruga, 28 serpentes e 26 lagartos foram catalogados na década. A descoberta do papagaio calvo em 2002 foi uma verdadeira surpresa, segundo a organização, que questiona como foi possível um animal tão colorido e tão grande não ter sido identificado antes.

Um golfinho de rio boliviano, sete macacos, dois porcos-espinhos e 13 ratos estão entre as novas espécies de mamíferos identificados.

Continua depois da publicidade

– Esta região incrível se encontra sob pressão em consequência da atividade humana. A paisagem está mudando rapidamente – afirmou Francisco Ruiz, que coordenou a elaboração do relatório do WWF – Depois de séculos de intervenção humana muito limitada na região nos últimos 50 anos a humanidade provocou a destruição de pelo menos 17% da selva amazônica.