De dezembro de 2013 a junho deste ano, o número de lâmpadas públicas apagadas durante as noites aumentou 34 vezes nas ruas de Joinville. O Parque da Cidade, na zona Sul, e o novo trecho do binário do bairro Vila Nova, na zona Oeste, são exemplos de locais que permanecem às escuras pela falta de manutenção e de novas instalações.
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:: Joinvilenses reclamam da falta de iluminação no Parque da Cidade e no binário do Vila Nova ::
O contrato com o consórcio SQE, que cuida da iluminação pública no município, ainda está vigente, mas não tem saldo para o tipo de manutenção mais corriqueira, como a troca de lâmpadas. Enquanto isso, 17% dos 55 mil pontos de iluminação não clareiam as noites, segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra).
No final do ano passado, de acordo com o gerente de transportes e vias públicas da Seinfra, Glaucus Folster, o contrato supria as demandas de manutenção e novas instalações. No início de 2014, a situação se manteve controlada até fevereiro. Em junho, o número de postes apagados extrapolou o limite em quase dez vezes.
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– O tolerável é 2% – esclareceu o gerente de transportes da Seinfra.
Uma lâmpada pode durar, em média, de dois a quatro anos. As condições climáticas atuam diretamente na longevidade, que diminui no inverno e em períodos chuvosos. Folster explicou que na estação mais fria e com menos sol, os postes permanecem acesos por mais tempo, o que aumenta o desgaste do produto.
Vento e chuva em equipamentos mal vedados também interferem na durabilidade.
– Mas um dos maiores problemas é o furto dos fios – apontou ele, que exemplificou: o Parque da Cidade está às escuras não somente por causa de lâmpadas queimadas.
Para não ficar no prejuízo, o titular da Seinfra, Romualdo França, analisa as saídas possíveis. Existe saldo no contrato para itens menos comuns. A ideia seria transformar o valor em contrato destinado àqueles itens em receita para compra de lâmpadas, fios e relés – que são os equipamentos que acionam o acender e o apagar das luzes conforme a luminosidade solar.
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– Regularmente, não sei se pode transformar um item em outro – ponderou França.
Mas se der para fazer este manejo, há perspectivas mais otimistas, afirma o secretário da Seinfra.
– Isso nos daria um gás para 30 ou 40 dias de trabalho.
Seinfra estuda alternativas
O titular da Seinfra, Romualdo França, considerou a possibilidade de fazer um contrato emergencial para resolver os problemas de iluminação na cidade. Já o secretário de Administração, Miguel Bertolini, garantiu que é “possível fazer alterações de quantitativo”. O contrato de iluminação pública é assinado pela secretaria de Bertolini e administrado pela de Romualdo.
– O contrato é vigente, válido até 2015 e tem saldo – disse Bertolini.
Mesmo existindo dinheiro para gastar, há a necessidade de que valores a serem investidos em materiais e serviços estejam descritos em um documento chamado “empenho”.
Esse documento permite à Seinfra emitir ordens de serviço que seriam executadas pela empresa contratada. Para colocar em dia a iluminação pública da cidade, o saldo precisa cobrir o gasto para consertar os mais de 9 mil pontos apagados. A Seinfra precisaria elaborar um levantamento com a finalidade de descobrir o tamanho da despesa.
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O diretor do consórcio SQE, Pedro Santos, disse que oito equipes resolveriam a questão e que a medida resultaria em um investimento mensal de R$ 350 mil, durante três meses.
Com a ajuda dos leitores, AN faz o mapa da falta de iluminação em Joinville: