Para o aniversário de 119 anos de Palhoça nada melhor mostrar a cidade por inteiro. Ela é feita de história, personagens e paisagens. Quem não conhece a cidade, vale a pena conferir a galeria de fotos que mostra uma pequena parte do que é o município.

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Uma história:

Ao contrário da maioria das cidades antigas em Santa Catarina, Palhoça não foi criada exatamente para se proteger das invasões espanholas, como um porto ou para fins de povoamento. A intenção final era de promover a patente militar de Caetano Silveira de Mattos, o fundador. Ao invés de uma cidade, ele construiu palhoças para armazenar farinha.

Antes de ser fundada, já existiam construções e lugares. O arraial inicialmente se chamava Senhor Bom Jesus de Nazaré da Palhoça. Recebeu esse nome devido as casas cobertas com palha que os ribeirinhos construíam naquela época.

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Do território antigo, se formaram oito cidades: São Bonifácio, Bom Retiro, Santo Amaro da Imperatriz, Paulo Lopes, Garopaba, Rancho Queimado, Águas Mornas e Anitápolis.

Onde hoje é o Centro de Palhoça, passavam as tropas que vinham de Lages para negociar no litoral. A passagem pela cidade se dava porque São José cobrava pedágio para chegar até Desterro. Assunto quase atual para os moradores que, ao invés de palhoças, vivem em uma cidade moderna de 138 mil habitantes e uma taxa de crescimento que, há três décadas, está muito acima do normal.

Um personagem:

Quem é o personagem mais conhecido de Palhoça? Qualquer um responderá que, ou é o Tavinho (que quando vê uma moto fala ‘tabaquinho, tabaquinho’) ou é o Dedão. Ambos são encontrados perto da praça sete de setembro, no coração da cidade.

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Tavinho diz que é dono de tudo e já foi atropelado por uma motocicleta, o que explica sua reação ao ver este tipo de veículo. Já o Dedão é mais a cara de Palhoça: são 42 anos caminhando pela cidade, atendendo em quase todas as lanchonetes do Centro e ainda torce pelo Guarani desde que o time era amador.

Luis César de Macedo, por outro lado, é um rapaz que não é tão conhecido em Palhoça quanto Dedão ou Tavinho. É um homem que gosta muito da cidade, e acha que ela está melhorando muito nos últimos anos. Sente falta do baile da Pirâmide e das festinhas no Bar do Professor e atualmente está um pouquinho triste porque o Guarani foi rebaixado. Assistia os clássicos do amador, contra o Cerâmica e o Paysandu e além do Bugre, tem uma leve queda pela equipe do Bela Vista, bairro onde mora. Tem amigos por toda a cidade e seu lugar favorito é a Ponta do Papagaio. Nasceu com um dedo do pé maior que os outros e ganhou um apelido que o torna um personagem famoso. Eis aqui um grande furo de reportagem para Palhoça: Luis é Dedão.

– Se chamarem Luis, ninguém vai saber que sou eu – revela Dedão.

Nove paisagens – Galeria de fotos

As dezenas de barcos coloridos no Rio da Madre, são só um brinde em uma paisagem de tirar o fôlego. A Guarda do Embaú bastava para chamar Palhoça de linda.

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A Pedra do Urubu se alcança por uma trilha de meia hora e tem vista para Garopaba, Praia do Sonho, Pinheira, Guarda do Embaú e outras praias de Palhoça e região.

A Praia do Sonho é sossegada e linda. Além de ser recanto de alguns pescadores artesanais, o local tem vista para o extremo sul da Ilha de Santa Catarina e para o Forte de Araçatuba.

A Ponta do Papagaio era uma ilha até pouco tempo atrás. Ela separa as praias da Pinheira e do sonho em uma pequena faixa de areia onde antigamente, relatam moradores, passava até barco por um canal.

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A Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba é a quarta fortificação construída pelo Brigadeiro José Silva Paes para defender a Ilha de Santa Catarina. Fica entre Naufragados e a Ponta do Papagaio e o acesso só se dá via barco em dias de tempo bom.

A Enseada de Brito é uma das primeiras povoações do estado. Em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário, há uma praça planejada no século XVIII (antes da colonização açoriana) que nunca foi feita. As construções centenárias fazem com que o visitante respire história.

Ponto culminante do litoral do estado, o Morro do Cambirela possui 1.043m de altura dando uma vista excepcional da Ilha de Santa Catarina e do sul do Estado. A trilha demora mais de duas horas e exige bom preparo físico.

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O Parque da Serra do Tabuleiro tem trilhas onde o visitante pode ter contato com animais da região e ainda conhecer belezas como cachoeiras e a vida nos mangues.

O dinossauro do bairro Aririú foi criado pelo ex-vice-prefeito e artista plástico Walmir Valmor Schindew em 1984. A ideia era criar um parque pré-histórico, mas virou um lugar para fotos com turistas.