Uma em cada quatro crianças e adolescentes do Sul do Brasil afirma que foi ofendida na internet nos últimos 12 meses, conforme a pesquisa TIC Kids Online Brasil, divulgada nesta quarta-feira (3). A região possui a maior porcentagem do país com relação ao tratamento desagradável ou agressivo, e também conta com o maior percentual de pessoas da faixa etária que agiram de forma ofensiva nos meios digitais.

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O levantamento feito pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, entrevistou mais de 2,6 mil crianças e adolescentes com idades entre 9 e 17 anos, assim como seus pais ou responsáveis.

Em todo o território nacional, 14% dos entrevistados afirmaram que foram vítimas de tratamento ofensivo no mundo digital. A média brasileira ficou muito abaixo dos 25% registrados na região Sul. Nos três estados, 71% do público regional alegou que não foi tratado de forma agressiva ou desagradável, e 5% não respondeu ou não soube responder.

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No Sul, 11% do público afirmou que recebeu mensagens ofensivas pela internet. Enquanto 10% disse que foi deixado de fora ou excluído de um grupo ou atividade no meio digital. Além disso, 5% relataram que foram ameaçados e 3% teve mensagens ofensivas publicadas para outras pessoas verem.

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul ainda contabilizaram que 23% dos usuários de internet de 9 a 17 anos agiram de forma ofensiva nos meios digitais no último ano. A porcentagem se destaca negativamente entre as demais regionais. O Nordeste, segundo colocado da lista, registrou 17%, enquanto Sudeste, que teve o menor percentual, registrou 15%.

Discriminação no Sul do país

Já com relação à discriminação na internet, Sul e Norte estão empatados com 9% das crianças e adolescentes alegando que se sentiram descriminados no último ano. Os dois lideram a maior quantidade proporcional que se sentiu vítima de algum tipo de preconceito.

Quase metade das crianças e adolescentes da região Sul afirmaram que testemunharam algum tipo de descriminação na internet. Mais uma vez, foi o maior índice entre as regionais brasileiras.

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A cor da pele foi o principal motivo para a discriminação presenciada pelos público infantil e infantojuvenil, relatado em 26% dos casos. Na sequência está o preconceito pela aparência física e por ser pobre, cada um com 18%, e por demonstrar interesse em uma pessoa do mesmo sexo, com 17%.

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