Bem no centro do país, a 300 quilômetros de Palmas, capital do Tocantins, encontra-se o Jalapão. Destino de beleza única em plena mata de transição, entre o cerrado e a caatinga.

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O Parque Estadual do Jalapão é afastado e de difícil acesso, mas o esforço vale a pena, pois se escondem nessa região belíssimas cachoeiras, rios de águas cristalinas, nascentes e formações rochosas de formas variadas.

Para esta expedição, reunimos um grupo de 18 ecocaminhantes. Foram sete dias de aventura, calor extremo, cansaço de longos trajetos nas estradas em caminhão 4×4 e muitos mosquitos. O nosso acampamento-base, localizado à beira do Rio Novo, um dos últimos rios de água potável do mundo e com uma prainha particular, serviu de base para as atividades de canoagem, flutuação rio abaixo e um simples banho refrescante.

Cachoeira da Velha. Foto: Ronaldo Mendonça, arquivo pessoal

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Quem estava preocupado com a ideia de acampar ficou surpreso, pois as barracas eram do tipo tendas grandes, com lavabo, duas camas confortáveis e toda fechada com tela, o que nos garantiu noites de sono tranquilas e longe dos mosquitos! Tinha até um vestiário comunitário com duchas maravilhosas para um bom banho. É um lugar para relaxar, desligar da agitação das cidades e ficar longe da TV e da internet, pois lá não há energia elétrica nem sinal de celular!

Cânion de Sussuapara. Foto: Ronaldo Mendonça, arquivo pessoal

Um famoso item local é o capim dourado, que só brota naquela região. Suas hastes finas e de intenso brilho são transformadas, por mãos hábeis, em uma grande variedade de peças, como bolsas, brincos, pulseiras e chapéus.

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As caminhadas programadas foram de curta distância, devido ao calor intenso, mas sempre terminando em alguma cachoeira ou rio, o que nos rendeu momentos de muita brincadeira e diversão. Somente na trilha do Mirante da Serra é que foi necessário um esforço extra.

Serra do Espírito Santo. Foto: Ronaldo Mendonça, arquivo pessoal

Neste dia, pegamos a estrada antes do sol nascer para chegar bem cedinho à base da Serra do Espírito Santo, pois a subida de 500 metros em terreno com muitas pedras soltas seria mais tranquila se não houvesse tanto calor. Foi difícil. Após uma hora de subida, mais uma hora caminhando sobre o platô debaixo de um sol escaldante, fomos recompensados ao chegar no mirante e admirar a imensidão do cerrado do Jalapão.

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O grupo de caminhantes. Foto: Ronaldo Mendonça, arquivo pessoal

*Susy é uma das integrantes do Ecocaminhantes, agência especializada em caminhadas e trekking