No primeiro feriadão depois do colapso do Réveillon, os órgãos públicos passaram incólumes, sem problemas no fornecimento de água e luz.
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Mesmo considerando os números bem mais modestos do que os registrados no Ano-Novo e um crescimento tímido de turistas em relação ao ano passado, é extremamente positivo e merece elogios que o feriadão do Carnaval tenha ocorrido sem sobressaltos no fornecimento de água e luz em Santa Catarina. Havia uma expectativa quanto ao período e o receio de que se repetissem os graves problemas verificados na passagem do ano, especialmente na Grande Florianópolis, onde turistas e moradores tiveram de enfrentar os transtornos decorrentes do desabastecimento.
Antes da folia carnavalesca, em entrevista especial aos veículos do Grupo RBS, os dirigentes da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e da Companhia Catarinense de Água e Catarinense (Casan) procuraram tranquilizar a população e adiantaram ações – como a instalação de geradores em pontos estratégicos de captação do norte da Ilha -, que permitiriam a normalidade no fornecimento dos serviços públicos. O que foi confirmado. Os levantamentos do movimento divergem, porém.
A Secretaria Estadual de Turismo apontou para um aumento de 6% no número de visitantes em comparação à festa do ano passado, enquanto o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis divulgou um balanço que registrou decréscimo na ocupação: de 79,2% em 2013 para 72,5% em 2014. Segundo a Celesc, com o movimento intenso no norte da Ilha, houve um acréscimo de consumo de cerca de 160% durante o feriado em relação à média. A Casan também registrou aumento de consumo. Sabe-se, portanto, que a atual estrutura das concessionárias de água e de energia comporta essa demanda sem o risco de interrupções nos serviços.
Neste primeiro teste depois do fiasco do Réveillon, quando a imagem de Florianópolis e do Estado de Santa Catarina, sofreu desgaste nacional, os órgãos públicos passaram incólumes. Como verificamos que a estrutura comporta sem problemas uma movimentação turística equivalente à recebida durante o Carnaval, a dúvida é se as empresas públicas estarão preparadas para o final do ano, quando as cidades litorâneas ficam abarrotadas e o consumo cresce significamente. Há uma lição de casa a ser feita. E há tempo hábil para isso.
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Ao mesmo tempo, vale reforçar que todos os cidadãos precisam continuar a fazer a sua parte. E não é só fiscalizar de forma intensiva a atuação do poder público, mas agir de maneira consciente na utilização da água e da energia.