Num ato definido como “bárbaro” e “de natureza terrorista” pelo primeiro-ministro britânico David Cameron, dois homens cujas identidades não foram divulgadas mataram um soldado a golpes de faca e de cutelo na tarde desta quarta-feira no bairro de Woolwich, sudeste de Londres. Pouco depois do incidente, os dois foram feridos e detidos pela polícia.
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Em um vídeo amador divulgado no site YouTube, um dos dois agressores, vestido com calça jeans, casaco e boné, fez um discurso em que supostamente justificava o ataque, segurando as armas com as duas mãos ensanguentadas, enquanto o corpo da vítima jazia ao fundo.
– Devemos combatê-los como eles nos combatem: olho por olho, dente por dente. Juramos por Alá, o Todo-poderoso, que nunca vamos parar de combatê-los. Lamento que mulheres tenham sido testemunhas do que aconteceu hoje, mas, em nosso país, nossas mulheres veem o mesmo tipo de coisa – disse o homem, com forte sotaque londrino.
Segundo testemunhas, o homem que aparece no vídeo e seu cúmplice pediram a transeuntes que filmassem enquanto continuavam a esfaquear a vítima. Alguns afirmaram que eles se preparavam para decapitá-la. Elas também disseram ter ouvido os agressores gritarem “Allah-u-Akbar” (“Deus é grande”, em árabe).
Em viagem a Bruxelas e Paris, Cameron pediu à ministra do Interior, Theresa May, que convocasse uma reunião de crise do Comitê Cobra, formado por ministros e autoridades de segurança e acionado em situações de grave crise nacional. Antes, May havia dito que recebera informações sobre o “brutal assassinato” por meio de autoridades do serviço de segurança interna, o MI5.
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A imprensa indica que esse é o primeiro “atentado terrorista” com morte desde os ataques de 7 de julho de 2005 contra o metrô de Londres, que deixaram 52 mortos.