Um roteiro pelas Montanhas Rochosas canadenses

Estive em agosto desvendando a parte oeste do Canadá, em uma viagem inesquecível percorrendo o melhor das Montanhas Rochosas, de Calgary até a charmosa Vancouver. Foi uma real imersão na natureza – saí revitalizado com o ar puro e as paisagens instigantes de geleiras, lagos, extensas florestas, picos nevados e animais selvagens.

As Rochosas são uma importante cordilheira que segue por mais de 4,8 mil quilômetros a partir da parte norte da Columbia Britânica, no oeste canadense, até o Novo México, no sudoeste dos Estados Unidos.

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As montanhas foram formadas há cerca de 70 milhões de anos e, desde então, a erosão pela água e os glaciares esculpiram a região, dando origem a vales e picos íngremes.

Atualmente, grande parte da cordilheira foi transformada no Parque Nacional das Montanhas Rochosas, composto pelos parques de Banff, Jasper, Kootenay, Waterton Lakes e Yoho, que preservam os ecossistemas naturais e a beleza cênica do local. O turismo é a atividade econômica mais relevante, atraindo milhões de turistas do mundo inteiro para caminhar, acampar ou praticar esportes de montanha.

Os lagos Moraine (foto) e Esmeralda parecem “clichê” com suas águas. Foto: Beto Conte, arquivo pessoal

Os rios que correm das Rochosas deságuam em três oceanos – Atlântico, Pacífico e Ártico -, com as principais fontes hidrológicas da América do Norte.

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Banff

O meu parque preferido é o de Banff – e a cidade com o mesmo nome representa a melhor base para explorar a parte sul dessa região. Recomendo ficar aqui três dias, pois são 6.641 quilômetros quadrados de área com mais de 1,6 mil quilômetros de trilhas. Entre as minhas prediletas está a do Johnston Canyon, com tranquilos caminhos pelo bosque, bem como dramáticas passarelas junto a paredes rochosas, com o rio lá embaixo e cascatas decorando o conjunto.

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Criado em 1885, foi o primeiro parque nacional do Canadá e hoje é um dos principais centros turísticos do país, atraindo mais de 4,5 milhões de visitantes por ano para caminhadas no verão e esportes de neve no inverno. E merece! Os lagos Moraine e Esmeralda parecem “clichê” com suas águas – turquesa e esmeralda, respectivamente – e circundados por bosques com montanhas nevadas ao fundo, além de caiaques e a possibilidade de algum urso ou alce quebrar essa tranquilidade toda. Já o cênico Lake Louise é considerado um dos lugares mais espetaculares do mundo, com suas águas azul-turquesa e sua magnífica vista da geleira Victoria ao fundo.

Jasper

Seguindo em direção ao norte, encontra-se o Parque Nacional Jasper, onde está a mais alta montanha da província de Alberta, o Mt. Columbia. O povoado de mesmo nome é a base para outros dois dias explorando a região. Além de montanhas, florestas, rios, cascatas (como o de Athabasca), belos lagos (como Peyto), o parque tem o Columbia Icefield, uma das maiores acumulações de gelo e neve ao sul do Ártico, formando oito geleiras. Recomendo a bela trilha do Maligne Canyon e o cenário do Lago Maligne – longo e profundo, com 22 quilômetros de comprimento e 318 metros de profundidade. A cabana dos barcos, de 1928, é um resquício das primeiras construções de lazer na região dos lagos.

Sugiro chegar de avião a Calgary e, de carro, seguir por Banff, Jasper e Sun Peaks até Vancouver, na costa do Pacífico. Foi uma das viagens mais cênicas que já fiz. Recomendo. Muito.

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Saiba mais

Na próxima segunda-feira, às 19h30min, Beto Conte falará sobre esta recente viagem às Montanhas Rochosas canadenses no Belezas do Mundo, evento que mensalmente mostra uma região do planeta na Bazkaria (Comendador Caminha, 324, na Capital). A entrada é franca, mas é preciso confirmar presença pelo telefone (51) 9155-2926 ou pelo e-mail rp@bazkaria.com.br

*Diretor do STB, Beto já percorreu 127 países nos cinco continentes. Ele conta suas viagens no blog wp.clicrbs.com.br/betonomundo