As eleições locais mexicanas deste domingo registraram incidentes em vários dos 14 estados onde foram realizadas, incluindo roubo de cédulas, lançamento de um explosivo de fabricação artesanal contra uma candidata e a morte de um militante do Partido Revolucionário Institucional (PRI), em circunstâncias ainda não esclarecidas.

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O militante morreu por ferimentos causados por uma arma de fogo em “um possível confronto por questões partidárias”, no município de Coxquihui, disse à AFP um porta-voz do governo do estado de Veracruz (leste).

A delegação do PRI em Veracruz, partido do presidente Enrique Peña Nieto, apenas confirmou que a vítima fatal era um militante de suas fileiras.

Segundo uma fonte do PRI, em declaração ao jornal “Reforma”, o homem morreu durante um ataque a tiros de um grupo de seguidores do Partido Ação Nacional (PAN, conservador) contra o QG da campanha do candidato do PRI à prefeitura de Coxquihui.

Já um dirigente local do PAN disse que o grupo foi recebido a tiros, e uma bala “perdida” teria matado o integrante do PRI.

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Outro incidente violento foi registrado em Tijuana (noroeste), pouco antes do início da votação, quando jogaram um coquetel molotov contra a casa de uma candidata do partido regional Encontro Social. Ela escapou ilesa.

Também foram relatados casos de roubos de cédulas em sedes eleitorais dos estados de Oaxaca (sul) e Puebla (centro).

A eleição de mais de 900 prefeituras, câmaras legislativas em 14 dos 32 estados mexicanos e ao governo do estado da Baja California (noroeste) foi precedida por uma das campanhas mais violentas dos últimos anos no México.

Em entrevista coletiva na Baja California, cujo governo é o principal cargo em jogo, o presidente do PAN, Gustavo Madero, afirmou que 12 candidatos foram assassinados, ou sequestrados, durante a campanha.

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O presidente do também opositor Partido da Revolução Democrática (PRD, de esquerda),Jesús Zambrano, denunciou que grupos do crime organizado operam neste domingo em favor dos candidatos do PRI em vários estados.

O secretário (ministro) de Governo, Miguel Ángel Osorio Chong, considerou que, salvo incidentes “pontuais”, o dia transcorria dentro da normalidade.