Balões brancos, camisetas brancas, fitas brancas. A manhã desta sexta-feira (5), dia em que o ataque à creche Cantinho Bom Pastor completou um mês, foi marcada por homenagens e pedidos de paz na unidade de Blumenau.
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Durante cerca de meia hora as crianças ficaram no parquinho e cantaram músicas sobre o fim da violência enquanto erguiam as mãos segurando fitas de cetim brancas. Ao fim das canções, aplaudiram a soltura de balões e ecoaram um grito de paz.
As crianças acompanharam a árvore do pátio ser batizada de Árvore de Paz e puderam amarrar as fitas nos galhos.
O momento, carregado de emoção, levou muitas professoras às lágrimas. A maioria delas estava ali no dia em que um assassino invadiu a creche e matou crianças. Elas não seguraram a emoção. Entre os pequenos também houve abraços e choro. A ferida deixada pelo ataque ainda lateja neles.
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Olhares para o céu e carinho aos alunos
Um dos sobreviventes da chacina, de apenas três anos, olha para o céu insistentemente e se questiona sobre como vai pegar os balões novamente. A poucos metros dele, duas meninas já um pouco maiores, se abraçam e são dominadas pela emoção.
As professoras, aquelas mesmas que deram ao máximo para proteger o maior número de alunos do assassino, amparam os pequenos, dão carinho, conversam e aos poucos cada turma volta para as atividades.
Foi uma homenagem singela a um crime que não será e nem deve ser esquecido. Os pedidos de paz, as fitas brancas a árvore batizada se tornaram ferramentas para ressignificar a tragédia.
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