Numa bela tarde de fim de outono, tive um sonho como se fosse uma fotografia. Vi densas nuvens de poeira cobrindo um vilarejo – Campo Alegre dos anos 1970 – e sua rua principal que deveria se chamar Dona Francisca, o traçado original que conduziu a história de sua gente e o progresso que subiu a Serra.
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Por entre aquela densa poeira vislumbrei a cidade crescendo. A cultura começou a ter luz própria, como um sopro de autoestima sacudindo a gente campo-alegrense na grande gincana de 1983 onde as comunidades de Bateias, Fragosos e Centro desfilaram suas raízes. Era o 86o aniversário de Campo Alegre.
Até aquele ano, nem feriado, quanto mais comemorar-se a emancipação. Foi um marco histórico. Toda a gente começou a olhar com mais carinho para o pedaço de chão que habitava.
Fui testemunha de todos estes movimentos e passei a me sentir cada vez mais cidadã campo-alegrense assim como estão se sentindo as dezenas de pessoas que acorrem de várias partes do país e de fora também (alemães, portugueses, italianos, israelitas) e aqui fixam residência.
E há os que vêm para desfrutar do clima, da bucólica paisagem, da tranquilidade e da hospitalidade do povo. A agricultura familiar começa a encontrar mercado para o artesanato, os doces e as geleias oferecidos nos eventos, pousadas e novos empreendimentos, que estão apostando neste pedaço de paraíso.
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Campo Alegre é hoje um lugar que não tem medo de sonhar. E pra quem aqui chega, ser feliz.
SAIBA MAIS
População: 11.766 habitantes
Localização: Norte, a 60,7 km de Joinville
Área: 496 quilômetros quadrados
Emancipação: 17/10/1896
Curiosidades: o surgimento de Campo Alegre está ligado à colonização das terras da princesa Dona Francisca, irmã de dom Pedro II
Pontos turísticos: Cascata Paraíso, Salto do Engenho e Calçadão da Cascatinha
– Nada se compara ao charme do frio serrano e ao calor do povo que recebe a todos com carinho.
Rubens Blazskowski
Prefeito