Sítio, tradição e cavalgada são palavras que José Bittencourt Rodrigues não cansa de ouvir. Isso porque elas representam a realização de sonhos e projetos antigos. Zé é catarinense por nascimento e gaúcho por vocação.
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Mas, acima de tudo, é um joinvilense que transmite na vida e na obra as tradições sulistas. A história de Zé assemelha-se à de um colono, que trocou suas terras por um novo sítio. Desde os 11 anos, vendia lenha para ajudar na renda familiar.
Segundo ele, as dificuldades o ajudaram a sobreviver e crescer. Assim, o sonho de menino tornou-se a realização de empresário. Zé sonhou e concretizou o Sítio Novo. Inspirada nas construções germânicas, a arquitetura do galpão de eventos foi construída em estilo rústico, em madeira maciça de eucalipto, com 2,5 mil m².
De todo este espaço, o lugar preferido de Zé é o palco, de onde fica admirando o público dançando e se divertindo. É ali que ele vê o esforço concretizado e compartilha com os visitantes o seu ritmo preferido: a música gaúcha.
Ele ainda guarda na memória detalhes da inauguração e da queima de fogos, em 5 de junho de 1998. Empreendedorismo e força lhe sobram, mas, segundo ele, é o legado que seu pai, Sebastião, lhe deixou.
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– Eu resolvi ser alguém na vida para mostrar a mim mesmo que eu era capaz de contribuir com a sociedade. Não para ter, mas sim para ser.
Entre suas obras, há a maior panela de ferro do Brasil, com dois metros de altura, três de diâmetro e 12 toneladas. Ela foi fundida em Piracicaba, São Paulo; depois, moldada em Joinville. Zé sempre está planejando novos desafios, geralmente ligados à cultura sulista.
Ele preserva outras tradições campeiras: andar a cavalo e cruzar fronteiras. Com um grupo de cavalgada, foi até São Paulo em 11 dias. Em outro trajeto, o grupo de cavaleiros chegou ao Uruguai. Seu companheiro fiel é o cavalo Mouro, nome inspirado na pelagem do animal.
– Na cavalgada, aprendi que andando todo dia um pouco, no final, chegamos longe.
O próximo destino é Santiago de Compostela, na Espanha. Quando chegou a Joinville, em 1969, ele, os pais e os sete irmãos foram morar no Cubatão. Neste tempo, José estudava no Iririú, na Escola de Educação Básica Annes Gualberto, onde continuou os estudos.
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Aos 22 anos, fundou a primeira empresa na área de metalurgia. Hoje, com 52 anos, divide o seu tempo entre o Sítio Novo e outros três negócios. Mas não perde a sua paixão pela vida campeira do interior.
Sempre que pode, gosta de visitar as cidades da região Sul e, principalmente Imaruí, sua cidade natal. É em Deus, na família e nos amigos que ele encontra força. Carine, Eduardo, Fábio e Rubens trabalham com o pai. Fernando, José e Leonardo moram com as mães.