É uma festa. Um espetáculo. Adrelina altíssima. Sem favorito. Pura emoção. São definições para o clássico Figueirense e Avaí. A cidade vive uma semana em cima da expectativa de mais um encontro dos eternos rivais. Parte da cidade desfralda bandeiras alvinegras e, a outra, azuis e brancas. Ninguém, até hoje, conseguiu definir bem o que é o clássico. A única coisa que se sabe é que não é um simples jogo de futebol. Há um envolvimento superior. Nas saudosistas décadas de 50/60, Figueirense x Avaí eram representados em campo por jogadores nascidos na Capital ou próximos a ela. Quem perdia, não se atrevia a ir ao Centro da cidade durante três ou quatro dias. As coisas mudaram um pouco, não o suficiente para terminar a velha rivalidade. Pelo contrário, hoje, a paixão aumentou. O que precisa ficar claro é que, embora seja um jogo diferente, o clássico não determina o fim do mundo para quem perde. Diferente, com todos os seus ingredientes especiais, mas não deixa de ser um jogo de futebol e, depois dele, outros virão. Vamos a festa, espírito desarmado. Torcer sim, respeitar também. Os novatos Dois nomes importantes do futebol brasileiro vão sentir o gostinho de um clássico pela primeira vez. São os técnicos Vágner Benazzi e Humberto Ramos, que já vivenciaram jogos iguais em centros maiores do país. Ninguém abre o jogo. Já sentiram o farfalhar da manjerona. Abriu a guarda? Pode dançar. Alex Rossi joga? Quem a seu lado? E o Dão, será mesmo o companheiro de Genílson? Respostas, momentos antes do jogo. A escala O presidente da FCF, Delfim Peixoto Filho, explicou à coluna que a escalação do árbitro do clássico foi exclusivamente da responsabilidade de Armando Marques. A escala foi feita em Assunção, onde Armando estava participando de uma reunião da Confederação Sul-americana. Armandinho não admite interferência em suas escalas e Delfim Peixoto não se atreveu a questioná-lo sobre as dificuldades que poderiam advir da escala. Tomou outras providências. Desapareceu O presidente da FCF chamou Clésio Moreira dos Santos à sede da Federação e, com ele, conversou demoradamente. Concluiu dizendo-lhe que “este é o jogo é da sua vida. Arromba, ou te arromba.” Aproveitou e tirou o árbitro do clima do jogo. Mandou-o para um hotel, numa cidade distante da Capital. Clésio só sairá do hotel hoje para o casamento em Rio do Sul de um parente seu. Fora disso vai aparecer somente domingo na hora do jogo. Segundona Tudo caminha para que a final do primeiro turno da Segunda Divisão seja disputado entre Caxias e Brusque. Não se assustem. No primeiro jogo, o Caxias jogou mal, mas venceu e o Brusque conseguiu empatar em Blumenau contra o Real. Não está definido e nada impede que o Atlético reverta o quadro em seu estádio de Ibirama, como o Real pode buscar a classificação em Brusque. No primeiro jogo, Caxias e Atlético, a pressão na arbitragem foi grande. E amanhã? Um domingo de emoções também nas semifinais da Segundona. Na corda bamba Joinville x Criciúma seria mesmo um clássico? Eu discordo, mas a discussão é ampla. Caxias x América, Palmeiras x Olímpico, Renaux x Paysandu, Hercílio Luz x Ferroviário, enfim, tenho saudades destes verdadeiros clássicos, tanto quanto o da Capital. Reconheçamos que JEC x Criciúma é um jogo forte, tanto que outra derrota do Tigre pode deixar mal o técnico Gonzaga Milioli.
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