Melhor jogador do mundo em 1999 e destaque na campanha do Penta em 2002, o meia Rivaldo anunciou sua aposentadoria neste sábado. Aos 41 anos, o agora ex-atleta comunicou sua decisão por meio de uma carta em seu perfil no Instagram. Ele vinha atuando pelo Mogi Mirim, clube do interior de São Paulo que também preside.

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Rivaldo teve carreira gloriosa não só com a camisa da Seleção, mas também em clubes. Começou a carreira no Santa Cruz-PE, mas ganhou projeção no Mogi Mirim, no chamado Carrossel Caipira de 1992 comandado por Vadão. Passou por Corinthians e Palmeiras – foi campeão brasileiro pelo primeiro, em 1994 – antes de iniciar sua trajetória na Europa.

No Velho Continente, o talentoso meia brilhou no Barcelona. Foi na Catalunha que obteve o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa. Ainda vestiu as camisas do Milan-ITA, do Olympiakos-GRE e do La Coruña-ESP, além de mergulhar em uma incursão pelo desconhecido futebol do Uzbequistão. Em seguida retornou ao Brasil, onde atuou por Cruzeiro e São Paulo.

Além da excepcional participação no Mundial de 2002, quando fez parceria inesquecível com Ronaldo, Rivaldo também teve atuação de destaque na Copa de 1998, quando foi decisivo nas quartas de final contra a Dinamarca (3 a 2).

Leia a íntegra da carta publicada por Rivaldo:

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Com lágrimas nos olhos hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim.

Somente tenho que agradecer pela linda carreira que construí durante esses anos. Foram muitos os obstáculos, os desafios, renúncias, saudades, decepções, porém foram muito maiores as alegrias, as conquistas, crescimentos, mudanças. Algumas vezes ensinando, outras aprendendo, mas nunca perdi meu foco, sempre com dedicação, determinação e direção de Deus.

Nesta longa jornada, muitas pessoas passaram pela minha vida, alguns por um período, outros amigos que permanecem até hoje. Construí minha carreira em cima de um milagre, saindo de Paulista (Pernambuco), sem nenhum recurso financeiro, sem empresário, incentivos apenas familiar, desacreditado por médicos e técnicos, vi um sonho distante se tornar realidade. Com persistência, dedicação e principalmente com a mão de Deus, cheguei a ser reconhecido como melhor jogador do mundo, pentacampeão mundial, entre muitos outros títulos importantes na história do futebol.

Entre troféus, medalhas, premiações e títulos, em uma terra onde tudo se consome, deixo aqui uma história, talvez um exemplo, mas com certeza um testemunho de que vale a pena crer e lutar.

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“Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre”. 1 Corintios 9:25′