Na manhã de sexta-feira a aposentada Lindaura dos Santos ainda tremia ao lembrar dos momentos de tensão que passou na noite anterior, quando presenciou a perseguição policial a bandidos que assaltaram a lotérica do Floripa Shopping, no bairro Saco Grande. Durante a confusão, uma bala perdida atingiu a janela do quarto da filha de 23 anos, atravessou o cômodo por cima da cama e ficou cravado nos fundos do guarda-roupa da jovem.
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Foto: Marco Favero/ Agência RBS
Além do projétil, Lindaura consegue ver da janela o casaco que um dos assaltantes abandonou na fuga. Ela conta que estava sozinha em casa, por volta das 19h, quando viu um dos assaltantes entrar correndo no terreno da família e pular o muro que dá acesso a um terreno baldio, seguido por policiais e ouviu dois tiros:
– Fiquei muito nervosa, e um policial revistou a casa toda para ver se nenhum tinha se escondido aqui. Foi nessa hora que vi o vidro quebrado. Essa servidão é muito tranquila, aqui é tudo parente ou conhecido. Graças a Deus minha filha esta viajando, se ela estivesse no quarto não gosto nem de pensar no que poderia ter acontecido – disse.
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De acordo com a Polícia Militar, quatro homens armados entraram na lotérica e fugiram com os valores em um carro e duas motos. Rapidamente um cerco foi montado, e um dos assaltantes, Bruno da Silva Rios Novo “Carioca”, foi capturado em frente a sede do Diário Catarinense, na SC-401, após o carro em que estavam colidir contra outro. Uma pistola, o veículo, duas motos e o dinheiro roubado foram localizados. A polícia segue as buscas pelos outros envolvidos.
Segundo o delegado Marcus Fraile, da Delegacia de Roubos da Capital, “Carioca” é foragido da Penitenciária Agrícola, e havia quatro mandados de prisão abertos contra ele, além de diversas passagens por roubo e outros crimes, e uma condenação de 18 anos.
Segundo assalto em quatro meses
Em março de 2014, a mesma lotérica foi assaltada em uma ação semelhante. Dois homens armados chegaram por volta das 19h30 e fugiram e uma moto pela SC-401 levando o dinheiro. Na ocasião ninguém foi presos e o valor não foi recuperado.
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O proprietário do estabelecimento, que prefere não se identificar, diz que ainda não levantou o prejuízo com os assaltos, mas a sensação de insegurança é o pior:
– Por sorte ninguém ficou ferido, mas do jeito que está fica difícil. Falta segurança em todo lugar – lamenta.