Em uma reunião na manhã desta terça-feira, a direção, pais e alunos da Escola Estadual Dayse Werner Salles, no Bairro Capoeiras, discutiram sobre o episódio que marcou a manhã de segunda-feira, quando a Polícia Militar foi chamada e fez uso de uma arma de choque (taser) para conter um aluno que estava alterado.
Continua depois da publicidade
Ao sair da reunião, mães de colegas de turma do rapaz atingido, Rosilda de Jesus e Roseli de Jesus Lima, contaram que os filhos chegaram em casa assustados com os insultos que teriam recebido dos policiais.
– Meu filho chegou em casa horrorizado, não estava acreditando no que tinha acontecido. Disse que a polícia chamou todos de vagabundos e que, se alguém se intrometesse, ia levar choque também – revela Roseli.
Na opinião de Rosilda, existem vários problemas na escola que precisam ser resolvidos. Na reunião, os pais também tiveram a oportunidade de falar sobre isto.
Continua depois da publicidade
Polícia já foi chamada outras vezes
O presidente da Associação de Pais e Alunos (APP), Antonio Oliveira, conta que não é a primeira vez que a Polícia Militar foi chamada pela direção. No entanto, nas ocasiões anteriores, os policiais nunca precisaram entrar na escola – apenas fizeram rondas nas proximidades.
– Eles costumam vir para fazer ronda, e também chamamos quando percebemos alguma movimentação estranha – informa Antonio.
Outro pai de aluno, Joaquim Manoel, acha que deveria ter sido enviada uma guarnição própria da Ronda Escolar, que teoricamente tem mais preparo para lidar com adolescentes.
Continua depois da publicidade
– A indignação maior da minha filha foi com a maneira como a polícia agiu, destratando os alunos que estavam em volta. Se tivessem preparo adequado, saberiam como proceder em uma situação como a de ontem – analisa Joaquim.
Aluno vai receber assistência psicológica
O diretor da Escola Estadual de Educação Básica Dayse Werner Salles, Juliano Reckers, informa que o adolescente vai receber apoio psicológico da Fundação Casan (Fucas), local onde ele já participa de projetos sociais. Juliano reforça que não concordou com maneira como a polícia agiu, mas que seguiu a recomendação do Conselho Tutelar ao acionar os militares.