Um coração

O Dia Mundial do Coração é comemorado nesta sexta-feira e aproveitamos a data para chamar a atenção sobre a gravidade das doenças cardiovasculares. Essa é a principal causa de internações hospitalares e mortes no Brasil e em países desenvolvidos. Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), quase metade dos pacientes que sofrem um infarto agudo do miocárdio não chegam vivos ao hospital. Para a prevenção correta, é preciso manter hábitos saudáveis, além de fazer exames e as eventuais intervenções que forem precisas.

Responsável por bombear aproximadamente 5 mil litros de sangue e por bater de 109.440 a 110.880 vezes por dia, o coração humano é o órgão responsável pelo percurso do sangue bombeado por todo o organismo. Ele é o encarregado de transportar oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas.

Por falta de informação, a sociedade ainda não sabe devidamente como cuidar desse órgão vital. Os hábitos da sociedade nos dias de hoje, como a má alimentação, o sedentarismo, o estresse e o uso excessivo de substâncias tóxicas como tabaco e álcool, conduzem ao aparecimento de patologias no aparelho cardiovascular. Sintomas como falta de ar, dor nas pernas, impotência sexual, palpitações, tontura, desmaios e pressão alta são sinais de que algo não vai bem com o coração.

Dessa forma, é necessário realizar avaliações médicas periódicas para verificar alterações cardiovasculares, tais como: hipertensão arterial e mudanças na frequência ou no ritmo cardíaco. Ao detectar as variações pelos exames, o médico poderá qualificar e quantificar o risco que a pessoa está correndo. Afinal, temos um só coração, e um evento isquêmico pode lesar o músculo cardíaco de forma fatal ou deixar sequelas graves.

Convenhamos, certo é o velho ditado: antes prevenir do que remediar. Portanto, vamos fazer exercícios, comer de forma saudável, trabalhar de forma tranquila e adequada, reservando tempo para se divertir. O ideal é ser feliz, viver muito e viver com saúde.

*Théo Fernando Bub é médico cardiologista