Diante da crise institucional brasileira, como cidadão e com a experiência de mais de 50 anos de vida pública, apresento, a título de contribuição, proposta de Reforma Eleitoral, no sentido de se implantar o voto distrital por região, encaminhada aos deputados federais e senadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores de SC. A inovação em relação ao modelo distrital é que este seja organizado pela divisão dos Estados em regiões, chamados distritos eleitorais.
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A partir de critérios territoriais, populacionais e econômicos adotados pela Fiesc e organizados no livro SC em Dados 2015, o Estado seria dividido em seis regiões e, a partir do critério populacional, as vagas seriam assim distribuídas: Grande Florianópolis, sete deputados estaduais e três deputados federais; Norte, cinco estaduais e três federais; Oeste, oito estaduais e três federais; Serrana, três estaduais e um federal; Sul, sete estaduais e dois federais; e Vale do Itajaí, 10 estaduais e quatro federais.
Todos os Estados detêm instituições análogas à Fiesc, cujos estudos podem ser utilizados pela Justiça Eleitoral. Para promover o fortalecimento dos partidos, sugiro a adoção do voto proporcional, e que o novo modelo seja adotado para as eleições de 2022, período necessário para as adequações estruturais e políticas.
No modelo aqui proposto, o candidato manterá estreita relação com a população. Conhecerá a sua realidade, dificuldades e anseios. Dedicar-se-á à solução dos seus problemas, identificação de prioridades, promoverá o desenvolvimento da região, a melhora dos serviços públicos e permanecerá prestando contas aos eleitores, de forma direta.
O cidadão terá, assim, melhores condições de conhecer os candidatos, apresentar propostas, fiscalizar e cobrar a atuação dos deputados. E tudo isso com custo reduzido.
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Esta sugestão tem por objetivo contribuir para a construção de um novo Brasil para nossos netos, visto que o Brasil que construímos para nossos filhos, infelizmente, e apesar da boa intenção e trabalho árduo de muitos, se mostrou ineficiente, burocrático e de alto custo.
*Moacir Bertoli é empresário