Já dizia o velho filósofo esportivo Neném Prancha: “Futebol é simples, como um prato de feijão com arroz”. Desobedecer esta regra é cair do cavalo. Foi o que aconteceu com o Roberto, técnico do Avaí. Escondeu tanto o jogo durante a semana que acabou não o encontrando mais. O feitiço virou contra o feiticeiro. O Figueirense aproveitou a confusão tática promovida pelo técnico do Avaí e varreu a Ressacada com uma vassoura simples, porém nova, bem conduzida e não deixando dúvidas quanto ao seu trabalho. E tá tudo embolado! O Tubarão gostou. Na rodada de ontem, o empate em 0 a 0 do Marcílio Dias com o Inter e as vitórias do Criciúma e Kindermann embolaram a segunda colocação do Estadual. São cinco times com 11 pontos. Ninguém ameaçando o Peixe, perto do título. Olha o Tubarão aí, gente A cidade volta a ficar mais azul com o futebol que seu representante vem apresentando no Campeonato Estadual . Gente certa no lugar exato. Agora, só o Avaí pela frente para começar a sentir o gostinho do título deste primeiro turno. A decepção O Tubarão colocou água no chope comemorativo aos 150 anos de Joinville. O futebol é assim mesmo. O JEC na frente, Perdigão perde pênalti, o adversário cresce, vira o jogo e acaba sobrando para o técnico Abel Ribeiro. Neste caso, que culpa tem o treinador? Abel já entregou o cargo, está em Florianópolis, e a direção, apesar de não admitir o rompimento, procura treinador. Qualidade O Avaí errou? Sim, mas é preciso que se ressalte o futebol do Figueirense. O time foi um todo. Marcelinho impôs a qualidade que faltava ao meio-campo. O técnico criou as jogadas que faltavam para o artilheiro Aldrovani voltar a ser o que era. Laterais transformados em alas, proteção à zaga melhor colocada em campo e a velocidade que faltava ao time. E o novo alvinegro não deu chances ao adversário sábado à noite. O espetáculo Estamos de alma lavada. Os torcedores voltaram aos bons tempos e o que se viu foi uma noite de gala em todos os sentidos. Rivalidade à parte, fica claro que é possível a convivência pacífica entre as duas torcidas. Uma demonstração disso foi dada na Ressacada. Os avaianos reconheceram a derrota e respeitaram a festa adversária. A recíproca deverá ser verdadeira no segundo turno, no Orlando Scarpelli. Positivo À estrutura montada pela PM para o clássico, sob o comando do coronel Eliésio e seus mais de 300 homens. A nossa PM é a melhor do Brasil. Negativo Roberto Cavalo fica com o título da semana. Deu uma de “professor Pardal”. Inventou demais no clássico e o resultado não poderia ser outro. O respeito É bem verdade que os atletas colaboraram. Mas a pergunta é a de sempre: se fosse árbitro catarinense haveria o mesmo respeito? Claro que não. Márcio Rezende deu aula de arbitragem. Segurou o jogo quando preciso, soltou na hora certa, marcou pênalti, anulou gol, aplicou cartões e não interferiu no resultado.

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