Dez federações esportivas de Santa Catarina dividem um prédio público em Capoeiras, na região continental de Florianópolis. Em outubro de 2017, reportagem da Hora mostrou que o edifício, que pertence ao governo catarinense, sofria com goteiras, infiltrações, mofo, banheiros entupidos e cupim nas portas, além de problemas elétricos e hidráulicos. Cansados de esperar por uma iniciativa do Estado, atletas e dirigentes se mobilizaram para mudar a cara do local.
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O prédio, anexo à Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), é antigo. Funcionou no passado como um almoxarifado, depois como uma unidade de educação (Ucre) e, no começo dos anos 1990, foi cedido para a Associação das Federações Esportivas de Santa Catarina (Afesc). Ali estão atualmente entidades representativas de atletismo, boxe, judô, motociclismo, pesca esportiva, surfe, taekwondo, xadrez e esportes para surdos. A última a entrar para o time foi a Federação de Basquetebol (FCB), justo ela que seria tão importante para a reforma do espaço.
O professor Oscar Archer, presidente da entidade, se sensibilizou com essa situação ao saber do descaso. Como a FCB possui um convênio com uma empresa de títulos de capitalização, conseguiu investir R$ 15 mil de recurso privado para a reforma.
— E a gente meteu a mão, pintamos por dentro e por fora, trocamos o telhado, está tudo pintando, trocamos algumas telhas, mas foi tudo com o nosso trabalho — destacou o presidente da Afesc, Fred Leite.
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O dirigente argumenta que as federações são entidades privadas, mas possuem utilidade pública, já que não têm fins lucrativos e a maioria trabalha em conjunto com a Fesporte, desenvolvendo atividades esportivas como Olesc, Parajasc, Jesc, Joguinhos e Jogos Abertos (Jasc).
Segundo Fred Leite, a nova diretoria da Fesporte também ajudou com a reforma. Foram investidos R$ 3 mil para resolver a parte hidráulica, principalmente os banheiros entupidos. Ainda está faltando trocar o piso, que está quebrado, e as portas, que continuam corroídas pelo cupim. Mas a aparência já está muito melhor do que antes e sobretudo sem goteiras.
— Muitos atletas e dirigentes de federações vêm pra cá todos os dias e isso estava causando uma má impressão. Mas agora o pessoal tem elogiado — salienta a professora de Educação Física Ana Paula Ferreira, prestadora de serviços para várias entidades desportivas.
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No passado, algumas entidades abandonaram o prédio por não se sentirem à vontade para receber patrocinadores ou mesmo representantes de confederações nacionais. Os dirigentes esportivos esperam que a situação mude daqui para frente.
A reportagem questionou a Fesporte se há algum projeto, por parte da fundação, de melhorias no prédio das federações esportivas. No entanto, a assessoria da entidade não se manifestou.
Veja fotos da sede no ano passado