Há um ano o eleitor blumenauense escolheu os 15 novos representantes do Legislativo. Tudo bem, alguns não são novidade, mas foram eleitos para exercer a atividade parlamentar até o fim de 2020. Aos recém-eleitos, o Santa perguntou à época: o que estaria no DNA deles para os meses e ano que virão a seguir? O que o cidadão poderia esperar de atitudes que serão tomadas pela Câmara? Que tipo de discussão seria levantada? Quais assuntos estariam na agenda pelo ano que virá pela frente?
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Doze meses depois, será que os vereadores honraram com aquilo que nos disseram?
Ailton de Souza, o Ito (PR)
Disse que a Guarda Municipal Armada seria o principal mote. Pelo menos por enquanto a discussão não foi aquecida e o próprio vereador admite isso. Alega que aguarda uma definição do número de policiais militares que virão a Blumenau, mas que irá, sim, reapresentar a proposta.
“No dia seguinte que o governo do Estado confirmar quantos policiais militares vêm para Blumenau eu protocolo o projeto (da Guarda Armada)”.
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Alexandre Caminha (PROS)
Prometeu dar atenção ao direito do consumidor. Dos 21 projetos apresentados, 12 foram relacionados ao assunto, entre eles um que envolvia a cobrança fracionada de estacionamento e outros que apertam o cerco às empresas de telefonia.
“Consumidor é todo mundo, desde a criança que compra uma bala, até o senhor que está no hospital em seu último dia de vida”.
Alexandre Matias (PSDB)
Disse que o DNA dele era “estar aberto aos interesses da população”. O próprio vereador conta que, à época, com menos experiência, não pôde dar um norte ao trabalho, mas que se pudesse voltar no tempo diria que o objetivo seria dar atenção às questões de acessibilidade e inclusão social.
“Hoje, com mais experiência, eu diria que no meu DNA estão acessibilidade e inclusão social”.
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Adriano Pereira (PT)
Indicou um propósito amplo: “mandato mais próximo dos bairros e da comunidade”, disse em outubro do ano passado. Surgido no movimento comunitário, ligado diretamente à Velha Grande, propôs projetos como o Bolsa Creche e uma proposta para instalar o Sistema Pronto, da área da saúde.
“Tenho estado presente em todos os bairros, com uma intensa agenda de segunda a segunda com associação de moradores, conselhos de segurança, movimentos sociais”.
Almir Vieira (PP)
Elencou segurança pública e Guarda Armada. O vereador pretende apresentar uma proposta sobre a guarda em 2018. Há uma indicação para troca de lâmpada de iluminação pública para dar segurança e fez dois requerimentos com pedidos de informação à PM e disse não imaginar que o trabalho fosse tão dinâmico quanto aos temas.
“Trabalho bastante quanto ao assunto (da Guarda Armada) e na primeira sessão do ano que vem vou apresentar novamente o projeto”.
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Bruno Cunha (PSB)
Colocou a inovação e proteção aos animais no DNA dele. Teve projetos aprovados como habitação de cães e gatos em unidade residenciais e condomínios, alteração no código de proteção aos animais. Sugeriu criação de um programa para fomentar a inserção de jovens no mercado de trabalho.
“Honrei com o que prometi e tenho o orgulho de dizer que encabecei o plano de proteção aos animais ligado ao município”.
Jens Mantau (PSDB)
Vereador que há mais tempo está na Câmara, prometeu ações para desburocratizar órgãos públicos para facilitar o empreendedorismo. Não apresentou nenhuma proposta ligada ao assunto, mas promete encaminhar em breve dois textos que tentam quebrar barreiras junto à Faema para a abertura de novas empresas.
“Hoje a Faema é um órgão burocrático que às vezes dificulta a abertura de novas empresas. É preciso melhorar isso”.
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Jovino Cardoso (PSD)
Alegou ter segurança pública e educação no DNA. Na prática, adotou uma postura de oposição ao governo municipal e de críticas constantes ao Seterb. É autor do projeto que prevê a colocação da foto da irregularidade anexa ao auto de infração em multas aplicadas por videomonitoramento.
“Vou pressionar para que a prefeitura não feche a escola Margarida Freygang, na Nova Rússia”.
Marcelo Lanzarin (PMDB)
Médico e ex-secretário municipal de Saúde, ele apontou a saúde como a principal bandeira. Até aqui adotou uma postura de fiscalização e cobranças do Executivo. Embora não tenha apresentado uma proposta referente à saúde, diz que nem sempre ações ligadas ao tema precisam ter a característica de uma lei.
“Ter passado pela gestão (da Secretaria de Saúde) me traz facilidade para acompanhar o dia a dia. Saúde é nesse tom, de discussão, de cobrança, não só em criação de projetos”.
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Gilson de Souza (PSD)
Prometeu estar atento à educação com olhar para os mais humildes. Tentou, com uma matéria que previa permissão à prefeitura para custear vagas na rede particular a crianças que estivessem na fila por creche. De uns meses para cá, se tornou o protagonista da CPI que envolve o transporte público.
“Já visitei 70 unidades de ensino e até o fim do ano quero passar em todos. De cada uma eu pego um relatório de problemas para passar à Secretaria de Educação”.
Zeca Bombeiro (SD)
Disse ter no DNA saúde e segurança pública. Chegou a tentar três projetos referentes ao primeiro tema, porém nenhum deles foi aprovado. Garantiu pressionar por uma companhia da PM na região Norte e pelo hangar do helicóptero Arcanjo no Aeroporto Quero-Quero.
“A iluminação noturna no Aeroporto Quero-Quero melhora o trabalho do helicóptero Arcanjo. Temos que cobrar isso”.
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Marcos da Rosa (DEM)
Disse que buscaria a “proximidade e identificação com a população”, porém assumiu o cargo de presidente da Casa, que lhe impõe uma série de funções burocráticas e influencia na atuação como parlamentar.
“Não cedi ao pedido de alguns vereadores para aumentar o número de comissionados. Assim teria que chamar mais 15 concursados. Só aí economizamos R$ 1,5 milhão e é isso que a população quer”.
Oldemar Becker (DEM)
Honrou com a inclusão social e acessibilidade. Apresentou proposta para alterar lei e prever que estabelecimentos bancários tivessem rampa com piso podotátil, aqueceu a discussão quanto à acessibilidade na Vila Germânica e promete ter 75% do gabinete formado por pessoas com deficiência. Atualmente, o índice é de 50%.
“Estou dobrando o que prometi” (referindo-se ao fato de que, segundo o vereador, 75% de seu gabinete será formado por pessoas com deficiência e pelos projetos apresentados).
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Sylvio Zimmermann (PSDB)
O líder do governo comprometeu-se com ações de desenvolvimento econômico e inovação. A lei que facilita a implantação de brewpubs – bares que servem cerveja feita por eles próprios – é, para ele, a principal ação. Essa facilitação deve resultar na abertura de pelo menos sete novas empresas este ano, segundo ele.
“A lei dos brewpubs facilitou e desburocratizou o serviço. Na última quarta-feira abriu o primeiro em Blumenau e até o fim do ano abrirão mais sete”.
Ricardo Alba (PP)
Disse querer tomar atitudes ligadas à segurança pública e educação. Foi o autor do projeto que prevê a retirada de veículos abandonados em vias públicas da cidade (foram 15 removidos só neste ano) e também do Empresa Amiga da Escola, que garantiu a reforma da EBM Pastor Faulhaber, no Ribeirão Fresco.
“Graças a um projeto lançado por mim o município parou de ter carros apodrecendo na rua, em frente à casa das pessoas”.
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