Amanhã, completa um ano da morte do surfista Ricardo dos Santos. No dia 20 de janeiro de 2015, a Guarda do Embaú, em Palhoça, perdeu um de seus filhos mais queridos. Agora, imaginem como é a dor para a mãe de Ricardinho, Luciane dos Santos.
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Ricardinho foi morto após uma discussão com o então policial militar Luis Paulo Mota Brentano, na época com 25 anos de idade. Segundo a denúncia do Ministério Público, Brentano teria se recusado a tirar o carro de um terreno onde Ricardinho e o avô dele fariam o conserto de um cano. Ainda de acordo com a denúncia, Brentano estaria sob o efeito de álcool, inclusive no momento em que dirigia o veículo, e teria atirado três vezes contra Ricardinho, em frente à casa da família: dois dos disparos atingiram o surfista – um atingindo suas costas. Ele morreu no dia seguinte, após passar por quatro cirurgias de emergência. A partir daí, foram vários protestos da comunidade.
Logo após a confirmação a morte de Ricardinho, foram várias manifestações de pessoas ligadas ao mundo do surfe, como a do campeão mundial em 2014, Gabriel Medina. Uma das homenagens mais emocionantes aconteceu após Adriano de Souza, o Mineirinho, conquistar o título mundial, em dezembro do ano passado, no Havaí.
O advogado de defesa de Luiz Paulo Mota Brentano alega que seu cliente agiu em legítima defesa, e tenta minimizar a acusação de homicídio triplamente qualificado, e assim diminuir o tempo da pena – se ele pegar a máxima, chegaria a 30 anos de reclusão. Um recurso já foi negado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e agora a decisão está nas mãos do STJ, o Superior Tribunal de Justiça, mas não há prazo para isso acontecer. Por isso, também não tem como ser marcada a data do júri popular ao qual o suspeito será submetido. A previsão da Justiça de Palhoça é que o julgamento aconteça no primeiro semestre deste ano. Apesar de ter sido expulso da corporação, Brentano segue preso no oitavo batalhão da PM, em Joinville, por motivos de segurança.
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